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STF volta de recesso nesta quinta; veja o que o tribunal pode julgar

O Supremo Tribunal Federal (STF) volta às suas atividades nesta quinta-feira (1º), após um mês de recesso. Na pauta, estão temas de grande relevância social.

Embora a agenda de julgamentos para agosto já esteja definida, o cronograma dos meses restantes do ano ainda não foi divulgado. Foto: Reuters/Ricardo Moraes

O Supremo Tribunal Federal (STF) volta às suas atividades nesta quinta-feira (1º), após um mês de recesso. Na pauta, estão temas de grande relevância social.

Serão julgados casos como o tratamento médico de testemunhas de Jeová, a quebra de sigilo de dados de internet em investigações criminais, a validade de benefícios sociais concedidos pouco antes das eleições e o reajuste dos planos de saúde para idosos.

Embora a agenda de julgamentos para agosto já esteja definida, o cronograma da Corte dos meses restantes do ano ainda não foi divulgado.

Veja os julgamentos previstos para agosto

A primeira pauta discute a mudança na Constituição de 2022, que permitiu a ampliação de benefícios sociais às vésperas da eleição presidencial.

O partido Novo questiona a validade da “PEC Kamikaze” (críticos) ou “PEC das Bondades” (defensores), que concedeu aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, ampliação do Auxílio-Gás para o valor de um botijão, e a criação de um “voucher” de R$ 1 mil para caminhoneiros, além de estabelecer um estado de emergência devido à “elevação extraordinária e imprevisível” dos preços do petróleo e combustível.

Os ministros podem retomar a análise de um recurso que discute se a Justiça pode determinar a quebra de sigilo de dados telemáticos de pessoas indeterminadas em investigações criminais, como no caso da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018.

Está também na pauta do STF um processo sobre o alcance da aplicação do acordo de não-persecução penal (ANPP), incluído na lei pelo pacote anticrime de 2019.

O plenário vai decidir se o ANPP pode ser aplicado retroativamente para casos criminais iniciados antes da vigência da lei.

Os magistrados vão ouvir argumentos sobre dois processos que discutem se testemunhas de Jeová podem receber tratamento médico e fazer cirurgias sem transfusão de sangue por razões de convicção religiosa.

O debate envolve direitos fundamentais como saúde, dignidade da pessoa humana, legalidade, liberdade de consciência e de crença. Os votos dos ministros serão conhecidos em uma sessão futura.

O STF pode analisar se é possível aplicar o Estatuto do Idoso ao reajuste de contratos de planos de saúde anteriores à lei.

A regra do estatuto impede que operadoras cobrem valores diferentes das pessoas em razão da idade, na prática barrando o aumento dos planos quando o segurado passa a ter 60 anos.

O tema de direito tributário discute se o valor do ISS (um tributo municipal) integra a base de cálculo das contribuições sociais do PIS e da Cofins.

A discussão pode causar impacto de R$35,4 bilhões aos cofres públicos em cinco anos, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano.

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