O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Santiago, no Chile, na noite deste domingo (4). Sua visita se estenderá até terça-feira, 6, e tem como objetivo fortalecer as relações entre os dois países, focando em cooperação, comércio e investimentos.

Ao chegar à capital chilena, Lula destacou a importância da missão, afirmando que o governo brasileiro está empenhado em expandir os laços de intercâmbio e colaboração com o Chile, que considera “um país irmão”. 

A agenda do presidente inclui uma cerimônia de homenagem ao libertador Bernardo O’Higgins, onde ele fará uma oferenda floral. Em seguida, Lula se reunirá com o presidente chileno, Gabriel Boric, para discutir questões bilaterais e assinar acordos que visam fortalecer a parceria entre os dois países.

O presidente do Brasil também se encontrará com Roberto Alvo, CEO da Latam, uma das principais companhias aéreas da América Latina. O encontro com o setor privado será encerrado no Fórum Empresarial Chile-Brasil.

Durante sua estadia no Chile, Lula será recebido com honras no Palácio de La Moneda e terá encontros com importantes figuras políticas, incluindo os presidentes do Senado, da Câmara e da Corte Suprema do país. 

O Brasil ocupa a posição de terceiro maior exportador para o Chile, enquanto o país andino é o quinto maior fornecedor de produtos para o Brasil. Essa interdependência econômica será um dos pontos destacados nas conversas entre os líderes, com o intuito de fortalecer ainda mais os laços comerciais e diplomáticos entre as nações.

Venezuela

A situação da Venezuela será um dos tópicos centrais. A recente reeleição de Nicolás Maduro, que foi contestada pela oposição sob alegações de fraude, gerou ceticismo em Boric. 

Enquanto isso, o governo brasileiro busca uma abordagem diplomática, evitando reconhecer a vitória de Maduro, mas pedindo uma investigação imparcial sobre os resultados.

Inicialmente programada para um período anterior, a visita foi adiada em razão das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul e agora ocorre em meio à crise política na Venezuela, um tema que gera divergências entre o petista e o presidente chileno, mais distante do regime de Maduro, embora faça parte do campo da esquerda na América do Sul. 

Lula, ao se pronunciar sobre a eleição venezuelana, minimizou a controvérsia, afirmando que não vê “nada de anormal” no processo. Com o adiamento, o número de acordos a serem firmados durante a visita cresceu para quase 20, abrangendo áreas como direitos humanos e ciência e tecnologia. 

Além disso, Lula participará de um evento promovido pela Apex, que reunirá cerca de 500 empresários brasileiros e chilenos, visando fortalecer laços comerciais entre os dois países. 

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