O senador Irajá (PSD-TO) destacou em seu pronunciamento nesta quarta-feira (21) a operação da Polícia Federal (PF) contra o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa.

Barbosa está sendo investigado por suposto desvio de recursos públicos na distribuição de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19.

Irajá afirmou que as apurações mostram que o governador e empresas do estado estão envolvidos na compra de cestas básicas com valores superfaturados.

“Isso foi de tamanha crueldade, de uma falta de humanidade que, sinceramente, eu não sou nem capaz de poder qualificar”, destacou.

Além disso, ele destacou que a população do estado está enfrentando problemas de fome:

“Essas empresas foram previamente selecionadas, favorecidas e contratadas para fornecer cestas básicas a mais de 280 mil pessoas que passam fome diariamente no estado do Tocantins, que não têm sequer um prato de comida, almoço ou jantar.”

O parlamentar acrescentou: “No entanto, o governador e sua máfia instalada no estado decidiram embolsar grande parte desse dinheiro público.”

O senador também ressaltou que o Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO) suspendeu, na segunda-feira (19), todos os atos de um pregão eletrônico do governo estadual no valor de quase R$ 800 milhões.

“O lamaçal de corrupção, liderado pelo governador Wanderlei Barbosa, é tão vasto e diversificado que a lista de escândalos cresce diariamente. As irregularidades são tantas que o Tribunal de Contas do estado não teve outra opção senão interromper o processo e convocar as empresas envolvidas”.

Por fim, Irajá mandou um recado ao governador de Tocantins:

“Não adianta você querer negar o óbvio e nem querer diminuir o crime que você cometeu de receber dinheiro sujo de venda de cesta básica superfaturada durante o período da pandemia. Quem está dizendo isso não sou eu. Quem está dizendo isso é a Polícia Federal”.

Investigação

Nesta quarta-feira (21), a Polícia Federal (PF) cumpriu um mandato de busca e apreensão contra o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).

A operação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi realizada em endereços relacionados ao governador.

A PF investiga o desvio de recursos públicos na distribuição de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19 na época que Wanderlei Barbosa era vice-governador.

A operação incluiu o cumprimento de 42 mandatos de busca e apreensão e outras medidas cautelares.

Além de Wanderlei Barbosa, políticos e empresários também estão envolvidos.

Por fim, a investigação busca detalhar os pagamentos às empresas que fornecem cestas básicas, mas os processos permanecem em sigilo.

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