O Distrito Federal enfrenta uma perigosa combinação de incêndios, seca e baixa umidade.

Entre 1º e 16 de agosto, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) registrou 1.477 incêndios em áreas de vegetação em Brasília.

Comparado ao mesmo período do ano passado, o número de queimadas só no mês passado aumentou 91%. 

Em 2024, foram registrados 2.381 incêndios florestais, afetando cerca de 3,4 mil hectares, uma área equivalente a oito Parques da Cidade. 

Em contraste, 2023 registrou 1.243 queimadas, com uma área incendiada 153% menor que a deste ano.

Segundo o Grupamento de Proteção Ambiental, o aumento das ocorrências se deve principalmente à atividade humana, como queima de lixo, podas, restos de culturas em propriedades agrícolas, aceiros mal dimensionados e ações criminosas.

Além disso, a situação se agrava com o clima quente de agosto e setembro, quando a umidade relativa do ar pode cair para 12%, índice comparável ao de desertos. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a umidade fique acima de 60%.

Nesta semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho devido à baixa umidade, que variou entre 80% e 12%. 

Este alerta reflete o nível crítico de umidade, que aumenta o risco de incêndios florestais. Nesta segunda-feira (19), o DF registrou o dia mais seco do ano. A umidade relativa do ar chegou a 10%, e a média foi de 12%, de acordo com o Inmet.

O Inmet destacou ainda que, com umidade entre 12% e 20% há risco potencial de problemas de saúde, em especial doenças pulmonares, dores de cabeça, ressecamento da pele e desconforto nos olhos, boca e nariz.

Por fim, a seca é intensificada pela ausência de chuvas em Brasília, que já dura 120 dias.

Dicas para diminuir o desconforto durante a seca

Especialistas recomendam beber bastante água, evitar exercícios ao ar livre nos horários mais quentes e limitar a exposição ao sol para enfrentar a seca.

Além disso, sugerem moderar o consumo de café e álcool, usar hidratante na pele e umidificar o ambiente para aliviar os efeitos do clima seco.

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