O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, desfilou na Sapucaí na noite da segunda-feira (12). Silvio fez parte da apresentação da escola de samba Portela e representou Luiz Gama, advogado e patrono da abolição da escravidão no Brasil.

A escola de samba Portela trouxe neste ano uma exposição da obra da escritora Ana Maria Gonçalves, “Um Defeito de Cor”.

Veja o momento do desfile:

Silvio disse, em suas redes, que não seria o que é hoje sem as escolas de samba.

“Sem as escolas de samba e tudo o que o Brasil me deu, eu não seria quem sou: o cidadão, o advogado, o professor, o Ministro do Presidente Lula”, disse Silvio em sua postagem no X.

Leia a publicação completa:

Meu avô paterno – o “Lorito”- foi um dos fundadores da @VaiVaiOficial e um de seus primeiros diretores. É a Escola de Samba que faz parte da história da minha família e que é uma das mais vigorosas manifestações da cultura negra da cidade de São Paulo. Este ano Vai-Vai homenageou a cultura Hip Hop, cuja importância para a minha formação eu já mencionei outras vezes.

Hoje, terei a honra de estar no desfile da @PortelaNoAr, que trará para o desfile a monumental obra de Ana Maria Gonçalves, “Um Defeito de Cor”. No desfile, serei uma das representações de Luiz Gama, minha referência maior.

Sem as escolas de samba e tudo o que o Brasil me deu, eu não seria quem sou: o cidadão, o advogado, o professor, o Ministro do Presidente@LulaOficial . Parafraseando o grande @simas_luiz , o Carnaval me “inventou” e o Brasil, e o que ele tem de bom, de resistente, de criativo me permitiu chegar aqui e servir ao meu país. Vovô, estarei hoje na Sapucaí com o senhor no meu coração!

Saiba quem foi Luiz Gama

Luiz Gonzaga Pinto da Gama (1830-1882) foi um importante líder abolicionista, jornalista e poeta brasileiro.

Gama nasceu em Salvador, na Bahia, e é filho de Luiza Mahin, escrava livre. Seu pai tinha origem portuguesa, mas nunca teve nome revelado.

Segundo Gama, sua mãe participou da revolta do Malês em 1835 e da Sabinada em 1837, por isso, teve que fugir. Gama ficou aos cuidados do pai e foi vendido pelo mesmo para pagar uma dívida de jogo.

Como escravo, ao 10 anos, Luiz Gama foi levado para o Rio de Janeiro, onde aprendeu a ler e escrever. Aos 18, Gama conseguiu alforria e se tornou ex-escravo.

Gama foi advogado, jornalista e passou a defender escravos e informar pessoas que não sabiam ler.