O casal Gilmara Furuno e Leandro Oliveira estão lutando para recuperar a guarda de seu filho de um mês, que foi levado por assistentes sociais após uma denúncia de maus tratos, no Acre.

De acordo com a família, após o nascimento do pequeno Arthur, em 10 de julho, o bebê começou a perder peso, apesar de estar sendo alimentado corretamente. 

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A mãe, Gilmara, foi informada na Maternidade Bárbara Heliodora que a perda de peso era comum nos primeiros dias de vida. 

No entanto, ao perceberem que o bebê continuou a perder peso mesmo após nove dias em casa, os pais decidiram buscar ajuda médica na Unidade de Referência em Atenção Primária – URAP Ary Rodrigues. 

“Na URAP, o pediatra se recusou a pesar meu filho porque a balança da unidade estava quebrada, mas disse que eu deveria continuar dando leite materno, que seria suficiente. Ele me mandou de volta para casa, dizendo que o bebê estava saudável”, disse Gilmara.

No dia 24 de julho, ao perceber que o filho continuava a perder peso mesmo sendo alimentado, a família foi a um posto de saúde no bairro Vila Ivonete, onde o bebê foi avaliado por outra pediatra. 

A médica, segundo os pais, demonstrou preocupação com a evolução de Arthur e disse que ele estava desidratado, desnutrido, pálido e rouco, e que o problema poderia estar relacionado ao metabolismo do leite. 

Quando a pediatra pesou Arthur, ele estava perto de 1,9 kg, então ela encaminhou a família diretamente para o Pronto-Socorro.

No Pronto-Socorro, Arthur foi observado e encaminhado ao Hospital Santa Juliana de ambulância, onde foi internado na UTI Neonatal. 

No dia seguinte à internação do bebê, Gilmara foi questionada novamente sobre as circunstâncias que levaram Arthur a estar naquele estado. 

“Quando a médica chegou, ela foi rude, grosseira, me acusou, julgou, disse que meu filho poderia ter uma parada cardíaca a qualquer momento, perguntou sobre uma lesão nas costas do bebê, e eu disse que outros profissionais que atenderam Arthur e nós da família não tínhamos visto isso”, disse Gilmara. 

História da guarda de Arthur comoveu milhares de pessoas e hashtag ganhou força nas redes sociais – Foto: Reprodução

Acusações de maus-tratos

Segundo os pais, mesmo com Arthur vestindo apenas fraldas, nenhum ferimento foi encontrado na criança, como a médica havia sugerido.

“Eles colocaram um adesivo, e não nos deixaram ver. Três dias depois, quando fomos procurar o ferimento, não havia nada. Como poderia ter cicatrizado tão rápido?”, questiona Leandro Oliveira.

Nos dias seguintes, mesmo na UTI do Hospital Santa Juliana, o peso de Arthur ainda oscilava, segundo a família. 

Ao todo, foram utilizadas quatro fórmulas para estabilizar o bebê, que deixou o hospital pesando 2,950 kg no dia 7 de agosto, acompanhado pela mãe.

No dia 17 de agosto, uma pessoa do Serviço Social levou Gilmara a uma sala onde conselheiras tutelares fizeram perguntas sobre as condições de saúde de Arthur.

“Quando cheguei, me disseram que havia uma denúncia e que estavam cumprindo uma decisão judicial de busca e apreensão do Arthur. Perguntei se eu poderia me despedir do meu filho, disseram que não precisava, que enquanto eu estava lá uma enfermeira já tinha levado ele numa viatura. Eu entrei em desespero”, conclui Gilmara.

A família agora questiona as acusações de maus-tratos, argumentando que procurou assistência médica para Arthur o tempo todo e que nenhum médico que o examinou notou qualquer lesão.

Segundo os pais, um exame de corpo de delito foi realizado e também não constatou nenhum indício de violência.

Destino de Arthur

Hoje, com um mês e 19 dias de vida, Arthur está no Educandário Santa Margarida. Uma ordem de restrição impede que qualquer membro da família o visite. 

No Educandário, ele está sendo cuidado e acompanhado por um escritório de advocacia que representa a família de Gilmara e Leandro. 

Segundo informações dos advogados, ele está saudável e ganhando peso com o auxílio de uma fórmula. 

A hashtag #JustiçaPorArthurGael repercutiu e ganhou apoio nas redes sociais. O caso segue em segredo de justiça.

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