A Justiça Federal do Amazonas autorizou na última quinta-feira (6) a soltura de Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia.
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Colômbia foi detido no dia 8 de julho suspeito de chefiar uma quadrilha de pesca ilegal na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.
Ele também é apontado como suspeito de mandar matar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips.
Bruno e Dom foram vistos pela última vez em 5 de junho.
Nesse dia, eles foram vistos pela última vez em uma embarcação que passava pela comunidade de São Rafael, em direção a Atalaia do Norte, interior do Estado.
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Mandado
No momento, Colômbia segue preso por conta de outro mandado de prisão, a de participação em associação armada ligada a crimes ambientais de pesca ilegal.
No próximo dia 24, o suspeito passará por uma nova audiência, onde tentará reverter a sua prisão, disse a defesa dele ao Globo.
O que diz a defesa
A defesa de Villar argumentou que, por ter residência fixa e ocupação lícita, como empresário do ramo da pesca, não haveria motivo para a manutenção da prisão.
A decisão é da Vara Federal Cível e Criminal de Tabatinga.
Medidas cautelares
Segundo a justiça Federal, Ruben Villar ficará em liberdade provisória, submetido a medidas cautelares.
Dentre as medidas, o uso de tornozeleira eletrônica e o pagamento de uma fiança de R$ 15 mil.
Colômbia também não poderá deixar cidade de Manaus.
A defesa de Colômbia nega ainda as acusações contra o seu cliente de envolvimento nas mortes.
Veja quem são os outros três homens envolvidos no caso:
Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”
Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como“Dos Dantos”
Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”
Os três estão presos, em decorrência das investigações.
Denúncia
Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público Federal entendeu que os três homens devem ser julgados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O MPF argumentou que Amarildo e Jefferson confessaram o crime. Disse ainda que a participação de Oseney foi mencionada em depoimentos de testemunhas.
Relembre o caso
Bruno e Dom foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael, em direção a Atalaia do Norte, interior do AM.
A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.
Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho.
Eles foram mortos a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados.
Segundo a PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom, baleado uma vez, no tórax.
A polícia achou os restos mortais dos dois após Amarildo da Costa Oliveira confessar envolvimento nos assassinatos e indicar onde estavam os corpos.