A advogada da família de Djidja explicou a finalidade das seringas, encontradas durante buscas no empreendimento do clã, em coletiva no domingo (2). Segundo Lidiane Roque, os instrumentos estavam no local a fim de auxiliarem na dosagem de shampoo.

Durante operação, na sexta-feira (31), a Polícia Civil do Amazonas apreendeu seringas e ampolas de cetamina no salão da família. A representante da família afirma que, segundo apurado com funcionários, os instrumentos eram para a coleta de produtos de cabelo.

“Eu sou cliente do salão e confirmo isso. Houve um mal-entendido. Funcionários me disseram que não tinham conhecimento de drogas nos salões”, disse.

Na mesma coletiva, Lidiane Roque negou as especulações sobre uma “seita religiosa” em torno do caso. A informação se tornou pública por meio do inquérito policial, onde citava a existência de um grupo autodenominado “Pai, Mãe, Vida”.

Morte de Djidja Cardoso

Dilemar Cardoso, também conhecida como Djidja Cardoso, tinha 32 anos e foi Sinhazinha do Boi Garantido no Festival de Parintins entre 2016 e 2020. A sua morte repentina, na manhã de terça-feira (28), comoveu admiradores e expôs uma investigação que durava há 40 dias.

Após a morte dela e denúncias, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) realizou a Operação Mandrágora, a fim de investigar a seita “Pai, Mãe, Vida”, liderada pela família da Sinhazinha. O caso, denunciado por familiares de vítimas, diz que a suposta seita forçava o uso de Ketamina em rituais.

Seita “Pai, Mãe, Vida”

O inquérito policial mencionou a existência de uma suposta seita denominada “Pai, Mãe, Vida”. Segundo o documento, a seita estaria envolvida no tráfico de drogas sintéticas de uso veterinário e na administração forçada dessas substâncias aos seus membros. 

A advogada ainda comentou sobre o livro “Cartas para Cristo”, apresentado pelo irmão de Djidja durante o momento da prisão. Ademar destacou, em contato com a imprensa, a literatura inglesa: “Ouçam Cartas para Cristo no YouTube”, disse.

Além disso, Lidiane Roque também negou a existência de “rituais satânicos”, bem como o envolvimento de animais. Recentemente, imagens de cobras sendo estranguladas e inalando supostamente fumaça de maconha foram compartilhadas no perfil deputada estadual Joana Darc (União Brasil).