O médico veterinário José Máximo, responsável pela Clínica Maxvet, está sob risco de ter seu registro profissional cassado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas (CRMV-AM).

Ele é acusado de vender ilegalmente ketamina para a família de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha da fazenda encontrada morta na manhã do dia 28 de maio, na residência onde morava, no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus.

A suspeita é que ela tenha morrido de overdose devido ao uso excessivo de ketamina, que era utilizada pela família como droga recreativa.

Conforme o CRMV-AM, a ketamina é um anestésico usado tanto em humanos quanto em animais, e sua venda deve ser controlada por receita médica devido aos riscos graves associados ao uso indiscriminado.

O Conselho destacou em nota que o “Código de Ética da profissão proíbe que o médico veterinário prescreva ou realize qualquer ato com o objetivo de favorecer transações desonestas ou fraudulentas, além de cometer atos definidos por lei como crime ou contravenção e manter uma conduta incompatível com a medicina veterinária”.

“Se for comprovado que houve violação do Código de Ética, as penalidades podem variar de advertência até a cassação do exercício profissional”, diz o comunicado.

A mãe de Djidja Cardoso, Cleusimar Cardoso, e o irmão, Ademar Cardoso, estão presos e devem responder por diversos crimes, incluindo tráfico de drogas, associação para o tráfico, estupro, curandeirismo e charlatanismo.