A morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, ainda está gerando repercussão, especialmente na Justiça.

Neste domingo (9), surgiram novas imagens da jovem, que foi encontrada morta aos 32 anos no dia 28 de maio, mostrando suas últimas horas de vida. Os vídeos foram gravados pelo ex-namorado de Djidja, Bruno Lima.

Em uma gravação na noite de 27 de maio, Bruno aparece pedindo para que Djidja entregue o frasco de cetamina que ela está segurando, mas ela se recusa.

Assista ao vídeo

Caso Djidja: fases da operação

Primeira fase

Na primeira fase da operação, Ademar Farias Cardoso Neto, de 29 anos, irmão de Djidja, foi preso após ter contato com a Ketamina durante uma viagem a Londres. Ao retornar para Manaus, ele conheceu um casal que lhe apresentou o medicamento na forma em pó.

“A partir de então, ele e seus familiares começaram a fazer uma espécie de experimentação para descobrir qual seria a melhor forma de utilização, visando render mais aplicações e consumo.

Foi assim que chegaram à forma de aplicação subcutânea, que permite a injeção do medicamento diretamente no tecido que fica abaixo da camada superficial da pele (a derme) e acima do tecido muscular”, explicou o delegado.

Durante as investigações, foi constatado que Cleusimar Cardoso, de 53 anos, mãe de Djidja, além de usar a droga, começou a se envolver em práticas religiosas questionáveis, fazendo uma interpretação distorcida do livro “Cartas de Cristo” e realizando uma espécie de culto.

Eles passaram a recrutar outras pessoas, principalmente funcionários do salão de beleza da família, que também foram presos na operação: Verônica da Costa, Marlisson Dantas e Claudiele da Silva, funcionários de Djidja Cardoso.

Segunda fase

Na segunda fase da operação, a família Cardoso enfrentou dificuldades para comprar o medicamento e Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja, teve acesso a Hatus Silveira, personal trainer da família, que trabalhava com fisiculturismo.

Eles viram nessa aproximação uma oportunidade de fazer uma ligação entre Hatus e as empresas veterinárias para obter a ketamina com mais facilidade. Todos acabaram se vinculando e entrando na seita religiosa, facilitando o acesso da família Cardoso às clínicas veterinárias.

José Máximo Silva de Oliveira, de 45 anos, proprietário de uma clínica veterinária, e dois funcionários do local identificados como Emicley Araújo Freitas Júnior e Sávio Soares Pereira também foram presos na segunda fase da Operação Mandrágora.

As investigações indicam que já havia sido feita uma alteração na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) da rede de salões de beleza da família Cardoso, com a intenção de abrir uma clínica veterinária para facilitar o acesso ao medicamento.

Com informações de Metrópoles