A família do sargento Lucas Guimarães, assassinado no dia 1º de setembro de 2021, ainda aguarda que o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) ofereça denúncia à Justiça contra os seis suspeitos de orquestrar e matar o militar.

O inquérito foi encerrado em abril deste ano, mas até agora não foi oferecida denúncia contra os suspeitos. 

Dos seis suspeitos apontados pela polícia como envolvidos no caso, apenas dois permanecem presos em Manaus.

Para a polícia, Lucas foi morto sob encomenda após relacionamento extraconjugal com a empresária Jordana Freire.

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A mãe da vítima, Livânia Guimarães, conversou com o Portal Norte e falou sobre a espera da denúncia e da Justiça.

Livânia e o esposo, Marcelo Guimarães, moram em João Pessoa, na Paraíba.

Em abril deste ano, Marcelo concedeu entrevista ao Portal Norte e falou sobre a conclusão do inquérito. 

A família aguarda a acusação dos envolvidos pelo MP-AM para que o processo comece a andar na Justiça.

“A Justiça tem prazo. O Ministério Público sabe bem disso. Por isso, aguardamos. Todo o crime já está muito bem esclarecido. Do casal mandante, do gerente articulador junto com as parceiras, ao executor”, diz a mãe da vítima.

Lívânia afirma que apesar da demora, acredita que a abertura do processo seja realizada antes de um ano da morte de Lucas.

“Confiamos plenamente que a denúncia seja apresentada já nos próximos dias. O procedimento investigatório está maduro e apto a ensejar a apresentação da peça que transformará o inquérito em ação penal. Pelo que nos foi passado, a investigação foi concluída e agora os autos estão à disposição do Ministério Público para apresentar a denúncia formal à Vara do Tribunal do Júri. Sabemos que algumas provas ainda estão sendo juntadas ao processo, mas temos a garantia de que tudo está sendo feito com a maior brevidade possível dada as peculiaridades do caso”, comentou.

Sem resposta

Portal Norte entrou em contato com o MP-AM para saber sobre o envio da denúncia à Justiça, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

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Em liberdade

Suspeito de ser mandante do crime, o casal Jordana Freire e Joabson Gomes está em liberdade concedida por meio de habeas corpus.

Foto: Divulgação/Polícia- Jordana Freire e o esposo, Joabson Gomes

 

Apontado como pessoa de confiança de Joabson, Romário Vinente Bentes saiu da prisão mediante alvará de soltura.

As investigações apontam que ele contratou o assassino e forneceu arma, moto e roupas usadas no crime.

Foto: Divulgação- Romário Vinente Bentes

 

Ainda presos

Silas Ferreira da Silva, de 26 anos, é suspeito de atirar e matar Lucas. Ele está preso desde 22 de novembro no Centro de Detenção Provisório de Manaus II (CDPM II).

Foto: Reprodução/Vídeo da Polícia Civil- Silas Ferreira da Silva

 

Kayandra Pereira de Castro está presa no Centro de Detenção Feminino (CDF).

A polícia aponta que a mesma procurou e fez contato com Silas.

Foto: Divulgação/Polícia Civil- Kayandra Pereira de Castro 

 

Foragida

Kayanne Castro Pinheiro ainda está foragida da polícia.

As investigações da polícia apontam que Kayandra Pereira de Castro e Kayanne Castro Pinheiro são primas. Kayanne também ajudou na busca e contato com o executor, Silas Ferreira da Silva.

Foto: Divulgação/Polícia Civil- Kayanne Castro Pinheiro

 

Um ano sem Lucas

No próximo dia 1º de setembro, um ano após a morte de Lucas, a familia dele deve realizar duas missas, uma em Manaus e outra em João Pessoa, para homenagear o militar.

“Haverá missa, minha nora que irá organizar, provavelmente será na Paróquia Nossa Senhora da Amazônia, na Ponta Negra. Não temos planos de irmos à Manaus. João Pessoa está preparando também uma missa, Lucas era muito querido aqui na cidade”, comentou a mãe dele.

A Assembleia Legislativa da Paraíba irá realizar em setembro uma sessão falando sobre a justiça para o caso.

“João Pessoa também está se movimentando. Há muita indignação com este crime”, concluiu. 

O caso  

crime ocorreu no dia 1° de setembro de 2021 em uma cafeteria no bairro Praça 14 de Janeiro, Zona Sul de Manaus, onde a vítima foi atingida por três tiros. 

Na época, os empresários donos do Supermercado Vitória, Joabson e Jordana, se tornaram suspeitos de envolvimento no crime. 

A polícia diz que Jordana e Lucas tiveram um relacionamento extraconjugal descoberto pelo marido de Jordana.

Ainda segundo a polícia, o funcionário Romário, considerado o braço direito do casal, Kamylla e Kayandra, primas e conhecidas de Romário, tiveram participação na articulação do ato criminoso, incluindo a contratação do pistoleiro Silas Ferreira da Silva, de 26 anos, preso no dia 22 de novembro de 2021.

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