O ex-policial militar Ronnie Lessa, envolvido no assassinato de Marielle Franco, pediu neste final de semana transferência de presídio.

A solicitação foi feita pela sua defesa, que argumenta que Lessa está isolado e sem possibilidade de convívio com outros detentos.

Atualmente, ele está preso na Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra (P1) e busca ser transferido para a Penitenciária II, Dr. José Augusto Salgado (P2). Ambos estão localizadas em Tremembé (SP).

A P1 é conhecida por abrigar criminosos de alta periculosidade. Desde sua chegada, o ex-policial tem enfrentado um regime de isolamento severo.

Além disso, ele está sem acesso a atividades comuns disponíveis para outros detentos, como trabalho e educação. Isso motivou o pedido de transferência.

De acordo com a defesa de Lessa, a P2, conhecida como “presídio dos famosos”, oferece um tratamento “mais humano” e melhores condições de vida para cumprimento de sua pena.

Ameaça

Em junho, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu informações sobre a denúncia de uma suposta determinação para o assassinato de Lessa.

Devido ao seu passado como ex-policial e suas conexões com milícias, Ronnie é considerado um inimigo pelo PCC.

Além disso, segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), o Primeiro Comando da Capital (PCC), teria autorizado o assassinato de Lessa.

Delação

Lessa, como parte do acordo de delação premiada, negociou sua transferência para Tremembé. Ele acusou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão de serem os mandantes do crime.

Além disso, ele entregou o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, alegando que Barbosa orientou os detalhes do assassinato e obstruiu as investigações no Rio.

Na esteira dessas revelações, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu tornar réus cinco acusados pelo assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Anteriomente, Lessa estava preso em Mato Grosso do Sul.

Lessa solicitou a transferência para São Paulo para estar mais próximo de sua família no Rio de Janeiro.

O pedido que foi aceito pelo ministro Alexandre de Moraes

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