O número de casos prováveis de dengue, em todo o país, quase dobrou desde o começo do ano comparado ao mesmo período de 2021, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.

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De acordo com o levantamento, foram registrados quase 400 mil casos prováveis de dengue, o que representa um aumento de 95% em relação ao mesmo período do ano passado.

Até o momento, são 184 casos para cada 100 mil habitantes neste ano.

Para a segunda vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Rosylane Rocha, dois fatores podem explicar esse aumento considerável.

O primeiro é que a dengue é uma doença sazonal, com maior incidência em períodos de chuva e calor. E como este ano muitas regiões tiveram chuvas acima do esperado, favoreceu o acúmulo de água, situação propícia para o surgimento de focos do mosquito transmissor.

Outro motivo, segundo Rosylane Rocha, é que o medo da Covid-19 fez muita gente procurar atendimento médico, aumentando os registros oficiais de casos de dengue, já que, no início, as duas doenças têm sintomas parecidos.

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Muito acima da média nacional, a Região Centro-Oeste apresenta taxa superior a 700 casos de dengue por 100 mil habitantes, com destaque para as capitais Goiânia (GO), Brasília (DF) e Palmas (TO).

O boletim do Ministério da Saúde aponta que, até o momento, está confirmada a morte de 112 pessoas, das 280 que desenvolveram agravamento da dengue no país.

Os registros ocorreram, principalmente, nos Estados de São Paulo (SP), seguido de Goiás (GO), Bahia (BA), Santa Catarina (SC) e Minas Gerais (MG).

Além disso, mais de 170 mortes ainda são investigadas e podem estar associadas à dengue.

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