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CBF: imposto na venda de ingressos reduz faturamento dos clubes

Os clubes pedem revisão da nova regra, caso o regulamento permaneça. Foto: Reprodução/CBF/ Lucas Figueiredo

Os clubes pedem revisão da nova regra, caso o regulamento permaneça. Foto: Reprodução/CBF/ Lucas Figueiredo

O novo Regimento Geral de Competições (RGC), aprovado em reunião no dia 14 de fevereiro, impôs aos clubes participantes das disputas nacionais organizadas pela CBF um custo extra, não previsto no orçamento para a temporada 2023.

O impacto foi percebido após sua determinação, por meio de conversas entre os executivos e diretores dos principais clubes do Brasil, a partir do momento em que as contas começaram a ser feitas. 

Na prática, com a nova regra em vigor, os clubes estão deixando de arrecadar. 

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Sendo assim a CBF desconsiderou o valor de qualquer desconto de ingressos que ultrapasse o preço da meia entrada, para fins de relatório e cobranças de taxas. 

Os clubes que em seus programas de sócio-torcedor oferecem grandes descontos, como Vasco, Flamengo, Palmeiras, Internacional, Grêmio, Bahia e outros da Série A do Campeonato Brasileiro, serão afetados diretamente no faturamento da bilheteria ao longo do ano. 

O regimento é válido para todos os jogos das competições organizadas pela CBF. 

Os clubes pedem revisão da nova regra, caso o regulamento permaneça.

As agremiações terão que rever seus programas com a torcida, com isso os descontos oferecidos serão menores. 

Bilheteria

Em um jogo recente o Vasco atuou como mandante, em São Januário, pela Copa do Brasil.

Mesmo tendo arrecadado a maior renda em bilheteria dos últimos cinco anos no duelo com o ABC, pela segunda fase da competição, o time carioca teve resultado líquido negativo.

Da renda bruta de R$ 1.090.015,00, após se considerar uma diferença entre a renda publicada e a renda real colhida superior a R$ 600 mil, mais os pagamentos feitos ao ABC baseados na renda “simulada” da CBF.

O saldo final da partida ficou em R$ 288.906,53 negativos – valor somatório da renda real obtida, menos os custos operacionais e valor pago ao ABC (divisão de renda nessa etapa do torneio).

Pelo novo regulamento, a diferença do valor a ser pago terá de constar no borderô dos jogos, aumentando a renda bruta e, consequentemente, a taxa de 5% para a federação local e mais 5% ao INSS, ambas incidindo sobre a arrecadação da bilheteria. 

Portanto, os clubes que possuem em seus planos de sócio torcedor categorias com descontos acima de 50% no valor do preço comum dos ingressos terão de pagar a diferença de cada bilhete retirado no valor promocional. 

Até meia entrada, fica como sempre foi. Com descontos maiores de 50%, os clubes terão de arcar com as taxas dos impostos.

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Descontos

Vasco, Fluminense, Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Internacional e Bahia, que chegam a oferecer descontos de até 100% nas principais categorias de seus planos através do sistema de check-ins, terão de acrescer no borderô das partidas em que forem mandantes metade do valor de cada ingresso que não estão sendo cobrados.

“Desde o ano passado, realizamos estudos acerca de todas as nossas áreas e produtos”, isse Caetano Marcelino, diretor comercial do Vasco.

Os estudos do Programa Sócio Gigante mostraram que algumas regras de negócio presentes nos planos atuais não convergem com esse novo momento.

O Regimento da CBF veio para confirmar ainda mais o nosso estudo. Nós vamos subsidiar esses descontos e estamos adequando nossos produtos para sofrermos o menor impacto possível. 

“É importante salientar que os planos atuais continuarão válidos, respeitando o prazo de contratação pelo torcedor”, finalizou o diretor comercial do Vasco.

Isso quer dizer que o clube vai rever sua oferta, de modo a parar a sangria depois do novo imposto da CBF.

O que a entidade regulamentou é o desconto da carga total dos ingressos.

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