A CPI dos Atos Antidemocráticos vai analisar as informações encontradas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, a partir daí as investigações podem tomar um novo rumo.

Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Aliados do governo que integram a comissão já preparam requerimentos, que ajudem a comprovar que havia uma tentativa de golpe planejada, após a derrota de Bolsonaro nas urnas.

A votação deve ocorrer na próxima semana.

O governo tem maioria na comissão e aliados do Planalto pretendem usar a vantagem numérica para aprovar requerimentos de solicitação de compartilhamento do conteúdo do celular de Mauro Cid.

Governistas também querem aprovar as convocações do próprio Mauro Cid e de outros dois aliados de Bolsonaro, que são o ex-militar Ailton Barros, amigo pessoal do ex-presidente e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.

Torres guardou na casa dele uma minuta que tratava da intervenção no TSE para invalidar o resultado das eleições presidenciais

Segundo o líder do governo no Congresso e integrante da CPI, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), a comissão precisa ajudar a reconstruir o passo a passo do governo de Bolsonaro.

Principalmente depois da vitória de Lula em outubro, pois há suspeita que eles tentariam reverter o resultado das eleições.

A perícia realizada pela Polícia Federal (PF) no celular apreendido do coronel Mauro Cid extraiu muitas trocas de mensagem, áudios e até troca de documentos sobre movimentos golpistas para manter Bolsonaro no poder.

Isso daria um verniz democrático para que os militares tomassem o poder.

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