A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobrevoou as áreas do Pantanal que foram atingidas por incêndios. Durante visita ao Mato Grosso do Sul, a ministra destacou que o cenário das queimadas é uma “cena desoladora”.
“Se não paramos de colocar fogo, não tem quem consiga dar conta dessa junção perversa de El nino que se juntou com El nina – onde não tivemos interstício – mudança do clima e escassez hídrica perversa”, disse.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também acompanhou Marina durante a visita e destacou que não irá faltar recursos para ajudar o estado.
“Nós temos que reconhecer que, além dos efeitos climáticos, tem aqui, lamentavelmente, a mão do homem. A mão do homem criminoso” afirmou Tebet, baseada nas suspeitas da PF de que as queimadas têm causa humana.
Marina afirmou que a Polícia Federal já faz investigações para identificar os responsáveis pelo incêndio.
“Além da ação de combate, nós estamos fazendo um processo de investigação utilizando as polícias Federal e do governo do Estado para responsabilização daqueles que estão agindo ao arrepio da lei” disse.
Incêndios no Pantanal
Nesta semana, o governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência no estado devido aos incêndios.
As cidades mais atingidas pelo fogo são: Corumbá, Ladário, Porto Murtinho e Rio Verde. As chamas consumiram 541 mil hectares do Pantanal Mato-grossense entre janeiro e junho deste ano, área três vezes maior que a cidade de São Paulo.
O número é 2.000% maior que o de 2023, que teve 17 mil hectares afetados pelos incêndios.
O Governo Federal enviou sete aviões e um helicóptero para reforçar os trabalhos de combate às queimadas na região.
Conforme o Ministério do Meio Ambiente, 170 brigadistas do Ibama e do ICMBio já estão no Pantanal, e esse número aumentará para trezentos nos próximos dias.
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