Nos últimos dias partidos do Centrão conseguiram avançar nas negociações de cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

A entrada do bloco formado pelas legendas do Republicanos e PP já é considerada “certa” por interlocutores do Palácio do Planalto, de acordo com o colunista Igor Gadelha.

Após uma semana de esforço concentrado na Câmara dos Deputados, que levou à aprovação de pautas importantes para o Executivo, como a reforma tributária, as conversas se intensificaram.

Partidos de centro, que foram fundamentais para resultados positivos do governo nas últimas semanas e no primeiro semestre, olham com grande expectativa para cargos de primeiro, segundo e demais escalões do governo federal.

As conversas caminham no sentido de selar acordos que possam garantir mais tranquilidade a Lula em votações no restante do ano.

Após ter um começo conturbado com o Congresso Nacional, o Executivo conseguiu alinhar pautas para emplacar vitórias econômicas antes do recesso parlamentar.

Os ganhos devem ser atribuídos não só a base de Lula, que, ainda está em acerto, mas também aos partidos de centro que acenaram ao governo.

O próprio presidente Lula fez questão de receber, no dia 7 de julho, após o esforço concentrado na Câmara Federal, líderes de partidos envolvidos nas pautas econômicas, incluindo nomes do Centrão.

O petista agradeceu as “importantes votações da semana”.

O grupo, chefiado por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, posou sorridente ao lado do mandatário.

RELACIONADAS

+ Lula autoriza negociar Funasa e discute trocas em bloco com centrão

+ Arthur Lira e o Centrão querem o Ministério da Saúde; entenda

+ Às vésperas de votação, Governo libera R$ 2,1 bilhões em emendas

Objetos do Centrão

O Partido Progressista (PP), mesmo do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), Republicanos e União Brasil, são os grupos que estão com mais afinidade com o Planalto e devem ser contemplados em diversos espaços dentro do Executivo em agosto.

O Centrão tem maior interesse no Ministério do Desenvolvimento Social, que deixaria de ser comandado por Wellington Dias, petista e amigo pessoal de Lula, e seria entregue a André Fufuca (PP), ex-vice líder do governo Bolsonaro.

Outro movimento já existente seria uma troca no Ministério dos Esportes, hoje sob o comando de Ana Moser. 

Como tem mostrado o colunista Igor Gadelha, a atleta entrou na mira do Centrão após impor restrições para receber parlamentares e devido aos vetos à Lei Geral do Esporte.

Caso isso ocorra, ela poderia ser substituída pelo deputado Sylvio Costa Filho (Republicanos/PE).

A mudança mais esperada e já confirmada pela Secretaria de Relações Institucionais será no Ministério do Turismo.

A dança das cadeiras será feita pelo União Brasil, que trocará Daniela do Waguinho por Celso Sabino.

O fato é que as conversas e negociações continuam acontecendo mesmo com o recesso parlamentar e os próximos dias podem trazer novidades em primeiro, segundo e demais escalões do governo federal.