A cesta básica está mais cara em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na comparação entre julho e junho. O novo levantamento foi divulgado nesta quinta-feira, 5.

As maiores altas foram registradas nas cidades de Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%).

Já em João Pessoa o conjunto de alimentos e itens essenciais teve leve queda de 0,7% e em Brasília de 0,45%.

Porto Alegre (R$ 656,92), Florianópolis (R$ 654,43) e São Paulo (R$ 640,51) têm as cestas mais caras do país.

Na comparação entre julho deste ano e o mesmo mês do ano passado, a maior alta registrada foi na cesta básica de Brasília (29,42%), que atualmente tem um custo de R$ 582,35. No período, a cesta básica de Porto Alegre teve a segunda maior elevação nos preços (28,5%).

O tomate é apontado como o grande vilão do custo da cesta básica. Em julho, ele teve alta em 15 capitais, sendo 39,95% em Belo Horizonte, 34,24% em Goiânia e 34,1% em Fortaleza. Para o Dieese, o aumento está relacionado ao frio que atrasou a maturação do fruto e diminuiu a oferta.

Em julho, o açúcar também teve elevação nos preços em 15 capitais, com percentuais que variaram entre 8,12% no Rio de Janeiro e 1,59% em Belém.

Segundo o Dieese, a alta nos preços acontece devido a entressafra e alta do petróleo, que estimula a produção de etanol, concorrendo com a fabricação de açúcar. O aumento das exportações foi outro fator que puxou os preços para cima.

O café é outro item que teve alta de preço em 15 capitais, como Vitória (10,96%), São Paulo (9,88%), Campo Grande (8,77%) e Brasília (8,14%).