A Controladoria-Geral da União (CGU) vai abrir processos administrativos disciplinares contra os policiais federais investigados no que ficou conhecido como a “Abin paralela”.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (24) o compartilhamento com a Controladoria das investigações abertas na Corte contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Com a decisão, a CGU vai receber cópias das investigações que envolvem os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023; fraude nos cartões de vacina de Bolsonaro; joias doadas pelo governo da Arábia Saudita; uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar opositores; interferência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022 e sobre a atuação de milícias digitais para atacar a democracia brasileira.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata dos sete integrantes da Polícia Federal que participaram do Centro de Inteligência Nacional, a estrutura que ficou conhecida como “Abin paralela”, por operar contra adversários de Bolsonaro.

Os servidores afastados são: Alexandre Ramalho, Carlos Afonso Gonçalves, Carlos Magno de Deus Rodrigues, Felipe Arlotta Freitas, Henrique César Prado Zordan, Luiz Felipe Barros Felix e  Marcelo Araújo Bormevet.

Os processos administrativos disciplinares (PADs) podem levar a penas que vão da advertência à demissão de servidores públicos.