Nesta terça-feira27), no segundo dia de decisão sobre a participação a chacina no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), durante a fase de interrogatórios, os réus Gelson Lima Carnaúba, Marcos Paulo da Cruz e Francisco Álvaro Pereira negaram na rebelião. 

O momento, que aconteceu em 25 de maio de 2002 e durou cerca de 13 horas, resultou na morte de 11 detentos e um agente penitenciário.

Conforme informações do Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam), todos os réus usam da prerrogativa de responder às perguntas exclusivamente de suas defesas.

–  Envie esta notícia no seu Whatsapp

–  Envie esta notícia no seu Telegram

O processo acontece no Plenário do Júri do Fórum de Justiça do Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco, Zona Sul, sendo presidida pelo juiz Rosberg de Souza Crozara.

Resumo da manhã

Os trabalhos desse segundo dia começaram com a fase de interrogatórios dos acusados, por volta das 9h40.

O primeiro réu a ser interrogado na sessão foi Francisco Álvaro Pereira, que falou até às 10h18.

Ele foi executado em segunda instância das pessoas qualificadas e faleel Job feito em ameaça a Elgo, depoimento em já gravado foi reproduzido na plenandes (26) em plena.

“Sou inocente. Nunca tive problemas com ninguém dos outros pavilhões. Sempre fui respeitoso e humilde. É isso que quero dizer aos jurados”, afirmou.

Em dado momento, ocorreu o interrogatório, chorando e sendo amparado pela defesa com um copo de água.

Foto: Raphael Alves/Tjam – Francisco Álvaro Pereira foi o primeiro a depor nesta terça

_____________________________

RELACIONADAS

+   Detento morre após ser agredido dentro do Compaj, em Manaus

+   Chacina no Compaj: Julgamento dos réus é adiado para o dia 28 de março de 2022

+   Em Manaus, inicia o julgamento dos réus acusados ​​de em chacina no Compaj

_____________________________

O interrogatório de Marcos Paulo da Cruz, foi realizado na sequência, por volta das 10h20 e foi até 10h36.

Sobre o dia da rebelião, ele garantiu que no momento do ocorrido ocorreu em sua cela e quando os estrondos começaram a ser ouvidos e começaram a fazer oração junto com outros internos.

“Nesse dia fiquei com medo. ninguém agredindo ninguém (SIC)”, comentou, afirmando que nunca assumiu o crime, à época, por orientação da defesa. 

Foto: Raphael Alves/Tjam – Marcos alegou que, na época, assumiu o crime por orientação da defesa

Gelson Carnaúba foi interrogado de 10h40 às 12h24. No início, ele começou a falar que se sentia incomodado pelo fato de ser interrogado por videoconferência.

“Peço que os jurados não levem em consideração a farda que eu estou indo. Eu deveria estar contemplando os jurados”, disse o réu, por videoconferência.

“Nunca determinei a morte de ninguém. Nem tinha benefícios na prisão”, disse Carnaúba. 

Após a fase de interrogatórios a sessão foi suspensa por 50 minutos e será reiniciada, na sequência, nesta tarde, com os debates entre acusações e defesa.

A previsão é que será concluída ainda na noite desta terça.