O Amazonas tem 14 municípios em situação de alerta por conta da cheia dos rios, de acordo com relatório mais recente da Defesa Civil, divulgado nesta terça-feira (2).

De maneira geral, o acompanhamento tem três classificações: a de atenção, alerta e emergência.

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A situação de atenção indica possibilidade moderada de ocorrência de inundação e a situação de alerta aponta a possibilidade elevada de ocorrência de inundações.

Já a situação de emergência corresponde à cota em que o primeiro dano em decorrência das cheias nos rios é observado no município.

Cheia e cidades em alerta

– Calha do Juruá: Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé, Carauari e Juruá.

– Calha do Purus: Pauini, Lábrea e Canutama.

– Calha do Madeira: Borba e Nova Olinda do Norte.

– Calha do Médio Solimões: Jutaí e Fonte Boa.

Relatório sobre cheia dos rios é monitorado diariamente – Foto: Divulgação/Defesa Civil

Situação de alerta

A classificação da situação de alerta tem como finalidade alertar sobre um perigo ou risco a curto prazo.

Nos locais indicados pelo relatório da cheia 2023, o órgão faz o monitoramento em tempo real, por meio das estações que medem quantidade de chuva e o nível do rio.

Além dos 14 municípios em situação de alerta, o estado também tem 44 municípios em situação de atenção e, por enquanto, apenas um em situação de emergência por conta da cheia dos rios.

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Municípios em atenção

– Calha do Purus: Tapauá e Beruri.

– Calha do Madeira: Humaitá, Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã.

– Calha do Alto Solimões: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Iça e Tonantins.

– Calha do Médio Solimões: Japurá, Maraã, Uarini, Alvarães, Tefé e Coari.

– Calha do Baixo Solimões: Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba, Manaquiri, Careiro Castanho e Careiro da Várzea.

– Calha do Médio Amazonas: Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Silves, Autazes, Urucurituba e Itapiranga.

– Calha do Baixo Amazonas: Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Nhamundá, Urucará, São Sebastião do Uatumã, Parintins e Maués.

– Calha do Rio Negro: Novo Airão e Manaus.

Situação de atenção

A classificação é utilizada quando há risco de um evento meteorológico ou hidrológico significativo e que seja imprevisível, como a cheia.

Para essas regiões, a Defesa Civil formula um plano de ação para a ameaça.

Mapeamento com áreas de risco também é disponibilizado para população – Foto: Divulgação/Defesa Civil

Boca do Acre

Até o momento, a única cidade que apresenta situação de emergência é Boca do Acre, distante 1.028 quilômetros de Manaus.

A situação foi decretada no dia 4 de abril, devido às cheias dos rios Acre e Purus, que afetam mais de 500 famílias.

Com o decreto, a Prefeitura da cidade poderá construir abrigos e contratar serviços, além da logística em caráter emergencial, sem a obrigação de licitação.

A maior enchente registrada em Boca do Acre ocorreu no dia 21 de março de 1997, quando a cota atingiu a marca de 21,04 m.

A estação de referência para a região da calha do Purus registrou que no dia 27 de abril, o nível do rio atingiu 13,60 m, faltando 7,44 m para atingir a cota de referência, enquadrando a região em Status de Emergência.

Mapeamento áreas de risco

Um mapa para a consulta de áreas de risco identificadas em todo o estado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) também pode ser consultado pela população.

O mapa está disponível no site da Defesa Civil, incluindo tutorial e vídeo demonstrativo sobre a utilização do programa.

É recomendável que a população busque informações sobre as medidas de segurança e prevenção, bem como sobre as instituições e órgãos que atuam na gestão de riscos em sua região.

No site do órgão também é possível acessar o menu CEMOA, onde há orientações sobre como agir antes, durante e depois de diferentes tipos de desastres.