Ao receber o Prêmio Camões, em Lisboa, nesta segunda-feira (24), Chico Buarque aproveitou o momento para criticar Jair Bolsonaro, que se recusou a assinar a sua premiação em 2019.
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Irônico, o músico classificou a atitude do ex-presidente como “rara fineza”.
Diploma em branco
“Reconforta-me lembrar que o ex-presidente teve a rara fineza de não sujar o diploma do meu prêmio Camões, deixando seus espaços em branco para a assinatura do nosso presidente Lula”, disse o cantor e escritor, sob aplausos de portugueses e brasileiros.
“Recebo este prêmio menos como uma honraria pessoal e mais como um desgravo a tantos autores e artistas brasileiros humilhados e ofendidos nestes últimos anos de estupidez e obscurantismo”, diz trecho do discurso do artista.
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Buarque definiu o governo Bolsonaro como “quatro anos de governo funesto [que] duraram uma eternidade”.
O cantor ainda disse que, apesar de derrotada nas urnas, “a ameaça fascista permanece no Brasil e por toda parte”.
O prêmio foi entregue após assinatura de decreto por Lula, chancelando a escolha. Ao discursar na cerimônia, o presidente também fez críticas a Bolsonaro.
