A China está ampliando os lockdowns contra a covid-19, inclusive em uma cidade central onde trabalhadores entraram em conflito com a polícia nesta semana, à medida que o número de casos da doença atingiu novo recorde diário.

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Residentes de oito distritos de Zhengzhou, totalizando 6,6 milhões de habitantes, foram orientados a não sair de casa por cinco dias, a partir desta quinta-feira (24), exceto para comprar alimentos ou buscar tratamento médico.

Testes em massa foram iniciados na cidade, como parte de uma estratégia que a administração local descreveu como “guerra de aniquilação” contra o coronavírus.

Durante confrontos na terça e na quarta-feira, a polícia de Zhengzhou espancou trabalhadores durante protestos por questões salariais na maior fábrica chinesa de iPhones, da Apple.

Em toda a China, o número de novos casos notificados nas últimas 24 horas chegou a 31.444, segundo informou nesta quinta a Comissão Nacional de Saúde.

Trata-se do maior número diário desde que o coronavírus foi detectado pela primeira vez no país, na cidade de Wuhan, no fim de 2019.

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A média diária de casos está subindo de forma constante. Nos últimos dias, autoridades relataram as primeiras mortes por covid-19 em seis meses, que trouxeram o total acumulado de óbitos para 5.232.

Embora os números de casos e mortes sejam relativamente baixos em relação aos dos EUA e de outros países, o Partido Comunista da China segue comprometido à sua severa política de “covid zero”, que tem objetivo de isolar cada caso da doença e eliminar o vírus por completo.