A água das enchentes pode ser portadora de diversas doenças graves, cujos riscos persistem após as inundações. O Rio Grande do Sul enfrenta uma das maiores tragédias de sua história, com inundações que atingiram mais de 80% dos municípios do estado.

Embora a catástrofe no Rio Grande do Sul seja considerada um evento extremo, fenômenos causados pelo aquecimento global estão se tornando mais frequentes devido ao aumento das emissões de gases como metano e dióxido de carbono, originados de atividades como queima de combustíveis fósseis e uso de fertilizantes.

Especialistas alertam que, se medidas não forem tomadas para reduzir a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, eventos climáticos extremos serão cada vez mais comuns.

O que a água de enchentes pode causar?

De acordo com o Ministério da Saúde, as principais doenças transmitidas pela água contaminada em enchentes incluem cólera, febre tifoide, hepatite A, leptospirose, giardíase, amebíase, gastroenterites diarreicas e esquistossomose.

Além dessas, doenças respiratórias como meningite, gripe, tuberculose e difteria podem ocorrer, principalmente em locais de aglomeração como alojamentos e abrigos.

É importante ressaltar que não existe tratamento preventivo em massa para evitar essas doenças. A profilaxia com antibióticos é recomendada apenas para pessoas com exposição prolongada à água de enchentes, como socorristas.

O que fazer em caso de contato direto com água de enchente?

A melhor forma de evitar essas enfermidades é evitar o contato com a água das inundações. No entanto, para muitos moradores do RS, isso é impossível.

O acesso à água potável é essencial para preservar a saúde das populações atingidas, mas a região enfrenta dificuldades de abastecimento.

Diante dessa situação, medidas como filtrar e desinfetar a água disponível com solução de hipoclorito de sódio, também conhecido como água sanitária e guardar alimentos em locais elevados são algumas das medidas para evitar doenças.

Outras como lavar alimentos com água corrente, evitar o contato prolongado com água e lama das enchentes e não permitir que crianças brinquem na água da inundação são também importante para prevenir doenças transmitidas pela água contaminada.