O tenente-coronel, Mauro Cid, prestou depoimento nesta quinta-feira (1º) à Controladoria-Geral da União (CGU) para falar sobre o caso das joias sauditas.
Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e respondeu questionamentos na condição de testemunha e não de investigado.
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No depoimento, ele disse o mesmo que já havia falado em à Polícia Federal.
Ele contou que na metade do mês de dezembro de 2022 informou Bolsonaro sobre a existência de um presente retido pela Receita Federal e pediu que ele checasse se era possível regularizar os itens.
O tenente-coronel disse que Bolsonaro não deu ordem para recuperar o presente, mas uma solicitação e que, em seguida, entrou em contato com Júlio César Vieira Gomes, que era secretário especial da Receita.
Gomes confirmou que havia um pacote retido e que já havia um pedido de liberação dos itens datado de novembro de 2021, em nome do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Cid afirmou que Júlio César falou sobre como deveria ser feito o documento para solicitar à Receita a retirada do presente e a maior parte da negociação foi feita pelo WhatsApp.
Segundo Cid, esta ocasião foi a primeira vez que a ajudância de ordens acionou a Receita Federal para pedir a incorporação de bens ao ex-presidente.
Essa já é a terceira vez que Cid foi interrogado no inquérito
Depoimento à PF
O tenente-coronel Mauro Cid prestou depoimento à PF em 22 de maio e respondeu todas as perguntas feitas pelos investigadores sobre caso das joias sauditas.
A investigação é conduzida pela superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Ele foi ouvido por videoconferência, já que está preso em Brasília.
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Joias sauditas
O conjunto de colar, anel, par de brincos e relógio em ouro branco e diamantes da marca suíça Chopard, avaliado em R$ 16,5 milhões, foi um presente do regime da Arábia Saudita.
Outros dois kits, com relógio, caneta, terço islâmico e abotoaduras, também vieram a público.
Uma comitiva do Ministério das Minas e Energia tentou entrar com joias no Brasil sem declará-las.
A suspeita é que elas seriam destinadas a Bolsonaro, burlando a lei que obriga a restituição dos presentes ao acervo da União.
A investigação é conduzida pelo delegado Adalto Machado, da PF.