Nesta quarta-feira (17) pesquisadores publicaram na revista científica Science Advances informações sobre uma cratera encontrada na costa da Guiné. 

Segundo os estudiosos, a cratera Nadir tem cerca de 8,5 km de diâmetro, fica a 400 km da costa da Guiné e a 300 metros abaixo do mar. 

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Sua idade estimada é parecida com à da cratera de Chicxulub, uma outra descoberta no oeste da África, o que traz a possibilidade de que elas estejam, de alguma forma, relacionadas. 

Impacto de fragmentos

Por exemplo, segundo os pesquisadores, ambas poderiam ter se formado após o impacto de fragmentos de um mesmo asteroide.

Mas também há uma segunda possibilidade de que a cratera Nadir seja resultado de atividades vulcânicas no passado.

Por outro lado, a cratera de Chicxulub, da África, levanta novas questões sobre o que ocorreu no dia em que um asteroide colidiu com o que é hoje o golfo do México, há 66 milhões de anos, levando à extinção dos dinossauros.

Já a cratera Nadir,  possivelmente pode ter sido formada pela colisão de um asteroide que tinha pouco menos de 0,5 km de diâmetro, enquanto o que criou a cratera Chicxulub, tinha estimados 12 km de diâmetro.

Tremores 

Segundo os pesquisadores, o asteroide que caiu na região do golfo do México desencadeou poderosos tremores de terra, tsunamis e uma tempestade de fogo. 

Já o asteroide que pode ter gerado a cratera Nadir não era tão grande e nem causou estragos nessas dimensões, mas também teve seu impacto. 

“Nossas simulações sugerem que a Nadir foi causada pela colisão de um asteroide de 400m de largura”, explica Veronica Bray, da Universidade do Arizona, EUA, uma das autoras da publicação

“Isso teria gerado um tsunami com mais de um quilômetro de altura, bem como um terremoto de magnitude 6,5 ou mais.”

“A energia liberada teria sido aproximadamente 1.000 vezes maior do que o observado na erupção e no tsunami de janeiro de 2022 em Tonga”.

A descoberta 

A cratera recém-revelada foi identificada por Uisdean Nicholson, da Universidade Heriot-Watt, no Reino Unido, enquanto ele analisava dados de pesquisas sísmicas (referente a terremotos). 

Esse tipo de análise, documenta as diferentes camadas de rochas e sedimentos subterrâneos a quilômetros de profundidade.

A equipe de cientistas é cautelosa ao vincular as crateras de Chicxulub e Nadir. 

Com base na análise de fósseis encontrados próximos à cratera Nadir, esta teria uma idade muito semelhante à de Chicxulub, mas para confirmar isso, é preciso retirar e analisar rochas da própria cratera.

Esse tipo de estudo também confirmaria se de fato a cratera Nadir foi causada por um asteroide.

A ideia de que a Terra pode ter sido atingida por um conjunto de grandes rochas espaciais no passado não é nova. 

Alguns já especularam que o impacto que criou a cratera Boltysh, na Ucrânia, também pode estar relacionado de alguma forma ao evento que gerou o Chicxulub. 

Suas idades não são muito diferentes. 

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