Com a proximidade das eleições municipais, o cenário político se intensifica e, a partir desta sexta-feira (30), a propaganda eleitoral em rádio e televisão ganha vida em todo o país. Este tradicional espaço de comunicação permite que candidatos a prefeito e vereador exponham suas propostas, apresentem seus números de candidatura e busquem o apoio do eleitorado.
O horário eleitoral gratuito se estende até o dia 3 de outubro, véspera do pleito marcado para o dia 6. Contudo, em meio a essa movimentação, uma pergunta persiste: qual o real peso da propaganda em rádio e TV em comparação às redes sociais na formação da opinião pública?
Embora a propaganda tradicional seja um marco da corrida eleitoral, a realidade é que muitos candidatos já intensificam suas campanhas nas plataformas digitais. As redes sociais, com sua promessa de interação direta e segmentação precisa, surgem como uma poderosa ferramenta de engajamento.
Contudo, é crucial reconhecer que, apesar da força das mídias sociais, elas não conseguem substituir a penetração e a abrangência que os meios tradicionais ainda oferecem.
A informação mais abrangente e diversificada que circula pela TV e pelo rádio ainda alcança uma parcela significativa do eleitorado que pode não estar presente ou ativo nas redes sociais.
O eleitor bem informado é um eleitor empoderado. Conhecer os projetos políticos e as propostas dos candidatos é fundamental para que a escolha de seus representantes seja consciente e ponderada. No entanto, não podemos ignorar a heterogeneidade do público.
Diversas variáveis, como classe econômica, nível educacional, idade e gênero, influenciam as preferências e os hábitos de consumo de informação nas eleições. Nesse contexto, os candidatos que detêm maior tempo de exposição em rádio e TV têm inegáveis vantagens em termos de visibilidade e, consequentemente, de potencial para conquistar votos.
A comunicação política, em todas as suas facetas – seja por meio de propostas, sátiras ou denúncias – é uma via de mão dupla. Os meios tradicionais continuam a ser cruciais para a apresentação inicial dos candidatos ao público, mas sua verdadeira eficácia é potencializada quando combinada com o dinamismo das redes sociais.
A TV e o rádio podem ser vistos como os pilares que sustentam uma campanha, enquanto as redes sociais funcionam como o motor que impulsiona o engajamento contínuo.
Atribuímos um peso de 40% ao impacto da TV e do rádio na estratégia eleitoral, principalmente por seu alcance entre aqueles que podem não estar engajados nas redes digitais. Em contrapartida, as redes sociais, com seu peso de 60%, oferecem uma capacidade singular de segmentação e viralização, criando oportunidades de engajamento instantâneo e personalizado.
Aqui, as campanhas se tornam mais flexíveis, permitindo que os candidatos moldem narrativas adaptadas a diferentes grupos, fomentando uma conexão mais íntima e direta com os eleitores.
A habilidade de orquestrar uma campanha que navegue com maestria entre o tradicional e o digital é o verdadeiro diferencial que pode definir o sucesso eleitoral.
À medida que a informação se propaga em um ritmo frenético e as opiniões se cristalizam em múltiplas plataformas, torna-se evidente que quem conseguir integrar a força da TV e do rádio com a agilidade e a interatividade das redes sociais sairá na frente na disputa pelo voto nessas eleições.
Assim, o que se desenha neste cenário é um duelo de mídias em que a estratégia e a inovação serão cruciais para conquistar o eleitor.