O ano de 2024 vai ficar na história climática do Brasil como o ano em que o país se viu refém, literalmente, do efeito das mudanças climáticas. Era previsível que isso ia acontecer, em algum momento. O ano passado deu todas as mostras do que estava por vir. Mas as autoridades preferiram ficar apenas no campo dos discursos e das ações emergenciais.
Mesmo assim, o primeiro semestre deu outro aviso: a enchente inacreditável que destruiu grande parte do Rio Grande do Sul. Enquanto o Brasil olhava estarrecido ao que acontecia no Sul do país, os órgãos de monitoramento já alertavam para uma seca rigorosa que a Amazônia poderia enfrentar, pelo segundo ano consecutivo, e também os biomas do Cerrado e Pantanal.
Bingo! Não deu outra. Mas, ninguém esperava que os incêndios – que eram vistos até como “normais” neste período – fossem se tornar uma verdadeira obra orquestrada de forma coordenada praticamente em toda a extensão territorial brasileira.
Dados do próprio governo federal mostram que 25 das 27 unidades federação estão pegando fogo; 60% do território nacional está coberto por fumaça. Onde isso vai parar?
O governo foi obrigado a tomar medidas e agir nesta semana. Após uma série de reuniões com autoridades, chefes dos Três Poderes e com governadores dos Estados mais afetados, o Planalto assinou uma Medida Provisória que libera crédito extraordinário de R$ 514 milhões para a Amazônia e o BNDES, mais R$ 400 milhões para apoio aos Corpos de Bombeiros da Amazônia Legal e compra de equipamentos, materiais e viaturas.
Confira comentário no vídeo.
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