Tem se falado muito nos bastidores da política local, sobre a conjectura e possibilidade de uma aliança entre Alberto Neto (PL) e Roberto Cidade (União Brasil) na disputa pela prefeitura de Manaus esse ano.

Vamos lá, quais os efeitos pró e contra desse possível, e para alguns aliados, desejavam até, já que isso poderia colocar a chapa em um sonho provável de 2° turno, pelo menos?

Existe um cenário político muito bem estabelecido desde o primeiro semestre de 2023: a polarização entre David Almeida (Avante) e Amom Mandel (PSDB/Cidadania); ao ponto de, nenhum levantamento pelo menos até aqui, apresentar outro 2° turno senão esse momentaneamente.

Toda polarização é muito difícil de ser quebrada e avistamos isso nas eleições nacionais.

Alberto Neto e a força do bolsonarismo local

Alberto Neto é o representante do maior movimento de direita do país: o bolsonarismo! E, Jair Bolsonaro tem o maior poder de transferência de votos desse segmento em Manaus, por hora.

Em todos os recentes levantamentos, Alberto Neto aparece em terceiro lugar na disputa.

Mesmo assim, nessa conjuntura, o PL-AM pode não conseguir furar a polarização e lutar por um segundo turno.

Isso por muitas razões, uma delas é a falta de partidos no arco de alianças da sigla, que impacta diretamente no tempo de televisão e na quantidade de candidatos a vereadores que pedirão votos para o candidato majoritário da legenda.

Roberto Cidade, a máquina estadual e o maior número de partidos até aqui

Roberto Cidade tem o que Alberto Neto não tem: a maior quantidade de partidos e pré-candidatos, como também, o maior tempo de televisão.

Nesse sentido, a conclusão óbvia é que um atende a necessidade política do outro. No entanto, tem outros fatores, Roberto Cidade tem hoje uma coisa que Alberto Neto não tem: a máquina estadual.

E, convenhamos, a grande pergunta em uma eleição é: com quem estão as máquinas? Uma delas está com David Almeida, e a outra, ao que tudo indica, estará com Roberto Cidade.

O que podemos considerar disso tudo?

Francamente, não há, a priori, grandes dificuldades políticas em uma aliança envolvendo os dois políticos e hoje pré-candidatos de suas legendas.

Não haveria dificuldades políticas/ideológicas, por exemplo, em acasalar um discurso de direita e centro nessa chapa.

Mas,a grande questão que se coloca é: como ambos vão lidar com essa possibilidade?

É aqui que está o enigma dessa “esfinge” e da questão propriamente dita.

Quem viver, verá!!!

Confira este e demais comentários sobre a política amazonense no programa ‘Tá na Hora Amazonas’ desta terça-feira (7).

Assista: