Após o governador do Amazonas, Wilson Lima, promover mexidas no União Brasil, e dentre elas, no caso, Parintins, entregando o comando municipal da legenda nas mãos de sua maior opositora, a vereadora Brena Dianná, o prefeito reeleito da ilha tupinambarana deixa oficialmente o partido hoje comandado por Wilson Lima.

Aliás, já havia um bastidor dado inclusive em nossa coluna, de que o Bi Garcia poderia deixar o partido, devido a demonstração de reciprocidade entre Brena e Wilson Lima.

É possível, para não ser exato, que a vereadora oposicionista ao prefeito de Parintins deva ser o nome de Lima para concorrer ao pleito municipal com o apoio da máquina estadual.

Já o prefeito Bi Garcia, pelo que tudo indica, deverá ter como destino o PSD de Omar Aziz ou sigla próxima do grupo político do senador, já que isso, também visam os movimentos de 2026.

Bi Garcia também já movimenta seu tabuleiro para a sua sucessão, devendo no sábado (24) anunciar apoio ao vereador, ex-presidente da Câmara de Parintins e aliado político Mateus Assayag.

Nos bastidores, o nome de Assayag vinha se fortalecendo depois de muitas ações dele e do prefeito, juntamente. Bi Garcia teve na última eleição na totalidade, quase 33 mil votos, e pretende com esse capital político se empenhar para fazer hoje Mateus seu provável sucessor.

Mas, Brena Dianná tenta ser uma pedra no sapato, e ainda tem no cenário o retorno de Michele Valadares que pelo Partido Novo de Maria do Carmo Seffair tenta colocar mais peso na disputa por lá.

Contudo, Bi não só sai do União Brasil, mas, leva consigo os seus aliados políticos. Pelo visto, Bi e Wilson já tem seu destino provavelmente desenhado.

Parintins é um reduto estratégico, ainda mais se pensar em 2026. Na última eleição municipal em 2020, Bi Garcia tive 32.778, (65,65%). Em 2022, Mayra Dias foi eleita com 34.563, sendo em Parintins 18.757 (35,75%), em uma eleição proporcional.

Segundo as últimas pesquisas, a administração municipal sob a gestão de Bi tem 78%, com um poder de transferência eleitoral em torno de 60%. Logo, apesar da força da máquina estadual, no interior, a articulação costuma ter outro peso em comparação a capital.

Nisso, mesmo com alto poder de fogo do Estado, é prudente não subestimar a engenharia da máquina municipal do terceiro maior colégio eleitoral do interior do Amazonas.

E, que é estratégico!!!

Adversários também precisam de bom senso, ainda mais no interior do estado.

Confira este e demais comentários sobre a política amazonense no Jornal Norte Notícias desta terça-feira (20).

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