O senador Hiran Gonçalves acusou o golpe depois da repercussão da reunião que o líder yanomami Davi Kopenawa teve com a presidente do TSE, ministra Cármem Lúcia, onde relatou os problemas que seu povo vem enfrentando com mortes por doenças e confrontos armados causados por garimpeiros que, segundo ele, são estimulados pelo governador de Roraima, Antônio Denarium.

Para uma Cármem Lúcia surpresa, Davi relatou, ainda, que o comandante da Polícia Militar, coronel Miramilton Souza, é acusado pela Polícía Militar de comandar quadrilha que trafica armas para o garimpo, além de não colocar a PM para policiar e desbarata esquema de decolagens de aeronaves que levam mantimentos, garimpeiros, drogas e armas para o garimpo em pistas clandestinas nos arredores de Boa Vista.

TODAS AS LETRAS – Em resumo, Davi Kopenawa acusou Denarium com todas as letras de ser responsável pelo garimpo ainda está acontecendo em Roraima, e principalmente, a Reserva Yanomami. Ele pediu agilidade do TSE em retomar o julgamento do “governador que deixa indígenas morrerem”.

Na quarta-feira e ontem, os principais apoiadores de Denarium no TSE, o senador Davi Alcolumbre e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que tem a mulher empregada no governo de Roraima com salário de R$ 23 mil, foram informados da intenção de Cármem Lúcia em retomar o julgamento do governador ainda esse ano.

Por isso, ontem, Hiran, em comum acordo com Denarium, procurou pessoas próximas de Sampaio mandando recado para um acordo, em que o presidente da ALE receberia de volta a Secretaria de Educação, ganharia a Codesaima, e mais outra pasta a seu interesse, menos a Saúde, que Denarium preza em manter Cecília Lorenzon, evitando que o arquivo vivo que ela representa, seja aberto.

Se Lord Hiran está propondo acordo, só pode ser porque o risco de Denarium ser julgado e cassado é muito grande.