A eleição de prefeitos das capitais está na ordem do dia dos partidos políticos. Não será uma disputa entre bolsonaristas e lulistas, como muitos vêm afirmando, mas deve agregar valor ao pleito geral de 2026, quando serão eleitos o presidente da República, senadores, deputados federais e estaduais.

No Amazonas, pela primeira vez, a eleição para o Senado ganhará maior relevância: serão duas vagas, com o fim dos mandatos de Plínio Valério (PSDB) e Eduardo Braga (MDB), ambos disputando a reeleição.

Braga, se reeleito, segue para o terceiro mandato como senador, mas tem pela frente uma notável resistência dos eleitores de Manaus. Ganhou em 2018 no Estado, mas perdeu em Manaus para Luiz Castro (Rede), terceiro colocado (458.342 votos contra 200.04 apenas na capital).

Também ficou atrás de Plínio Valério, o mais votado na cidade, com 635.891 dos votos. Braga foi buscar a diferença no interior, superando Luiz Castro naquela ocasião.

Agora, tenta recuperar o capital político perdido, mas encontra adversários bem articulados em torno de grupos poderosos. Um deles, o governador Wilson Lima, um futuro adversário no processo, pelo menos a princípio.

É possível. Mas, o governador sabe o risco que representa renunciar seis meses antes das eleições para disputar a vaga de seus sonhos em 2026.

No meio do caminho tem um senador que pode se sentir ameaçado na disputa e com influência em Brasília com capacidade de movimentar passivos do governador no Judiciário, pode mexer suas peças.

Homem decidido a limpar o caminho para realizar seus objetivos, Braga vê o Senado como um pedaço do céu. Foi como senador que chegou a ser ministro e fazer pontes com os prefeitos do Amazonas.

Braga é um político inteligente, esperto, ágil, que sabe olhar o futuro em bola de cristal.

E nela, aparece como provável dono de uma vaga de senador, o atual governador Wilson Lima. 

Canhões apostos… E, como!

Confira este e demais comentários sobre a política amazonense no Jornal Norte Notícias desta quarta-feira (7).

Assista: