Condenados pelo STJ acusados de desviarem dinheiro público no Caso dos Gafanhotos, os ex-conselheiros Marcus Hollanda e Henrique Machado, do Tribunal de Contas de Roraima, vão receber mais de R$ 1 milhão por venderem suas férias quando exerciam seus cargos. Cargos em que usaram para desviarem dinheiro, segundo o STJ.

No país da piada pronta e em Roraima, estado onde “até boi voa” como dizia o saudoso Ottomar Pinto, esse tipo de notícia, embora imoral, vergonhosa e humilhante para o cidadão comum, vem sendo relativisada cada vez mais. Não pode!

A sacanagem com a coisa pública e com os cofres públicos não pode ser tida como “normal”, como “faz parte”. A indignação é real e não cabe ser hipocrisada nas redes sociais por falsos defensores da moralidade com a coisa pública, e menos ainda, ficar apenas em cochichos entre autoridades que têm como obrigação fiscalizar e condenar coisas assim, mas condenar de verdade, fazendo com que isso não seja realidade.

Eu questiono como é que o serviço público, ainda mais com os representantes de uma instituição, exista a tal “venda de férias” para essa casta?

Quem fiscaliza que as férias vendidas foram cumpridas com trabalho exercido cinco dias da semana durante um mês?

E um desses dois condenados acusados de roubo de dinheiro público, receber mais de R$ 700 mil atualizados por férias vendidas, ele as vendeu a quanto, e quantas férias para receber uma bolada que, mais de 90% da população brasileira levaria mais de 100 anos para obter?

A lição que fica, amigo leitor, é só uma: o crime compensa, já que ninguém vai para a cadeia e nem paga multa milionária por delitos cometidos com o cidadão e contra a sociedade.