Cabem algumas perguntas, sobre a prisão do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, hoje, pela Polícia Federal, na operação que investiga crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional, que, em resumo, formam a acusação de venda de sentenças relacionadas aos gabinetes dos ministros Isabel Galloti e Og Fernandes, ambos do STJ.

a) Se Andreson Gonçalves foi preso depois de meses de investigação da PF, é porque há fortes indícios de que cometeu crimes, entre eles, o de vender resultado de sentenças que seriam aplicadas, correto?

b) Andreson tem super poderes sensorais ou paranormais para agir sozinho dentro do STJ sem a ajuda e cumplicidade de servidores do tribunal para vender sentenças?

c) Andreson, segundo a PF, garantia a clientes que poderia influenciar resultado de processos que seriam julgados. Isso foi comprovado pela PF?

d) E tal promessa de Andreson, sobre garantia resultados favoráveis a seus clientes, se confirmou em algum caso?

Parte dessas perguntas já sabemos as respostas. Porém, outras, falta à PF ser mais clara quanto a informar se houve ou não alguma decisão que favoreceu algum cliente de Andreson Gonçalves. Se isso ocorreu, fica evidente que em muitos casos, quem rege o voto de ministros, desembargadores e juízes, são suas assessorias.

Isso levanta mais um questionamento: digníssimos meritíssimo que recebem altos salários e benefícios, estariam jogando suas responsabilidade nas mãos de quem ganha muito menos que eles?