O Dia Internacional de Combate à Violência contra Mulher acontece nesta quinta-feira, 25, e a data aponta números preocupantes em relação a crimes praticados contra o sexo feminino.
De janeiro a outubro deste ano, Manaus registrou 18.870 denúncias de violência e 10 casos de feminicídio.
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No ano passado, foram 23.799 denúncias registradas na capital. Somando aos casos do interior do estado, o número chega a mais de 25 mil ocorrências.
Na luta contra esses crimes, mulheres do grupo Levante Feminista Contra o Feminicídio realizam uma caminhada nesta quinta, às 16h. O encontro deve começar na Praça do Congresso e terminar na Praça da Matriz.
O objetivo é alertar sobre o número elevado de mulheres violentadas e mortas em todo o Brasil.
O 14° Anuário Brasileiro de Segurança Pública informa que a cada 8 minutos uma criança de até 13 anos é estuprada; três mulheres são vítimas de feminicídio a cada dia, sendo que 66% das mulheres assassinadas são negras. Cerca de 30 mulheres sofrem agressões físicas a cada hora.
A taxa de feminicídio nas residências aumentou em mais de 6% (Atlas da Violência 2021).
Atualmente, o Brasil ocupa a 5ª colocação no ranking de feminicídio no mundo. O dado é do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021, somente no ano passado 3.913 mulheres foram mortas por feminícidio e 230.160 sofreram lesão corporal dolosa por violência doméstica.
A data que faz alerta sobre a violência contra a mulher foi instituída em 1999 durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.
Ela faz referência às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”. Elas lutavam contra um regime ditatorial, que se espalhava pela República Dominicana, e acabaram assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo.
‘Las Mariposas’ tiveram os ossos quebrados e os corpos encontrados no fundo de um precipício.
Na época, o crime causou grande comoção no país e, tempos depois, Trujillo foi assassinado.
O Dia Internacional da Não-violência Contra a Mulher é uma forma de homenagear as irmãs e refletir sobre a vulnerabilidade feminina diante da violência cotidiana.
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