O Amazonas registrou, de janeiro a março de 2024, um baixo volume de chuvas em algumas calhas do estado, conforme a Defesa Civil. Com o nível reduzido de chuvas para o período, os municípios do estado correm risco de passar mais uma vez por uma estiagem severa.

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O relatório do monitoramento hidrológico, da Defesa civil, traz um cenário preocupante no que diz respeito a recuperação do nível dos rios tendo como principal influência o baixo nível nos meses de setembro, outubro e novembro, meses da maior estiagem da história do Amazonas.

Nas calhas do Médio Amazonas e Baixo Amazonas, os níveis atuais estão fora da curva para o atual período do ano, mesmo estando em processo de enchente, seguem abaixo da média.

As demais calhas apresentam cotas dentro do que se considera normal para o período, ainda assim o cenário é de uma recuperação discreta, como destaque a calha do Alto Solimões, onde no mês de janeiro em Tabatinga, foi observado um aumento de somente 14 cm no nível do rio.

Na estação seca é natural que os volumes de chuva sofram uma redução significativa no Amazonas e nas regiões das cabeceiras dos rios. Como não se observa uma boa recuperação da cota das calhas no atual período, há possibilidade de problemas com a navegabilidade no segundo semestre de 2024.

Defesa Civil

No Brasil, diversas regiões sofrem diante de eventos extremos, como secas, ondas de calor, inundações, entre outros. Na Região Norte, por exemplo, o estado do Amazonas, em dois anos seguidos, sofreu com desastres severos que impactaram a região, como a inundação ocorrida em 2022 e a estiagem de 2023.

Este último evento resultou em 62 municípios com decreto de Situação de Emergência, por não conseguirem responder sozinhos ao desastre.

A Defesa Civil realizou reuniões, juntamente com outros órgãos, para fornecer informações e coordenar ações de prevenção, preparação e mitigação, visando garantir que os serviços não sejam interrompidos.

Participaram do encontro o Tribunal Regional Eleitoral, Fornecedores de Energia Elétrica, Fornecedores de Saneamento e Água, Empresas de Transporte e Logística, Prefeitos, Secretarias, Ministério Público de Contas e empresas de telecomunicação.

O secretário de Defesa Civil, Coronel Máximo, ressaltou a necessidade de compartilhar informações sobre a estiagem antecipadamente, envolvendo todos os atores relevantes.

“A entrega da síntese do prognóstico da estiagem marca mais uma etapa no processo de prevenção e planejamento. Nosso objetivo é reduzir os impactos potenciais e coordenar, em colaboração, um plano de ação essencial para assegurar o bem-estar da população”, salientou o secretário.

De acordo com Serafim, o Governo do Amazonas saiu na frente em poder se planejar quanto aos efeitos decorrentes da cheia e vazante, e dessa forma se planejar e traçar estratégias para garantir a produtividade no comércio, indústria e serviços.

“A informação é tudo. E temos a obrigação de compartilhar com os empresários, a indústria, o comércio e os serviços, no sentido de que todos juntos possamos nos prevenir e tomar medidas. O poder público de um lado vai agir, mas de outro lado os empresários precisam ter as informações para tomarem as medidas que acharem mais convenientes para que não haja solução de continuidade de seus negócios”, declarou Corrêa.