A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) promove, a partir desta quarta-feira, 5, no Distrito de Saúde (Disa) Rural, a programação municipal do ‘Outubro Verde’, movimento dedicado à prevenção da sífilis e da sífilis congênita.
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A Unidade de Saúde da Família Rural (USFR) São Pedro, localizada no km 35 da Rodovia AM-010, vai promover a intensificação de testagem rápida, oferta de preservativos, palestras e rodas de conversa
Além do Disa Rural, as outras unidades básicas da rede municipal de saúde irão promover ações especiais de esclarecimento e prevenção à doença, conforme o cronograma: 11/10 (Disas Sul e Leste), 20/10 (Disa Oeste) e 27/10 (Disa Norte).
Objetivo
Segundo a enfermeira Ylara Costa, da área técnica de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), Sífilis e Transmissão Vertical da Gerência de Vigilância Epidemiológica da Semsa, o objetivo da programação é chamar a atenção para a importância da prevenção, do diagnóstico e dos tratamentos precoces das infecções.
“Estamos intensificando as ações de educação em saúde para que, ao serem informados, os usuários que frequentam as unidades de saúde possam levar essas informações aos familiares, amigos e vizinhos. Todos os Distritos de Saúde estão se mobilizando para destacar formas de transmissão, importância do uso do preservativo e a testagem como forma de enfrentamento da doença”, explicou Ylara Costa.
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Estágios
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria treponema pallidum, que se manifesta em três estágios, com sinais e sintomas bem específicos. A doença tem cura.
No primeiro, também chamado de sífilis primária, geralmente aparece uma ferida na genitália, boca ou ânus, de forma redonda, sem cheiro, indolor, sem apresentar coceira e ardência, podendo aparecer e sumir sem que a pessoa perceba.
Após um período de seis semanas a até seis meses, inicia-se a fase secundária, com o surgimento de manchas na palma das mãos e nos pés, que somem após algum tempo, o que pode levar as pessoas a pensarem que estão com alergia.
Passada esta fase, o treponema pallidum pode ficar no sangue por muitos anos, o que torna a situação preocupante considerando que a cada relação sexual sem preservativo, a contaminação acontece para os parceiros.
Da segunda para a terceira fase podem se passar anos ou décadas sem que a pessoa saiba que está com o treponema pallidum.
Neste período, conhecido como fase de latência (fase assintomática), a pessoa continua transmitindo a infecção por meio das relações sexuais desprotegidas.
Na fase terciária podem surgir lesões na pele, problemas nos ossos e também alterações no sistema nervoso central e cardiovascular, com apresentação de sinais e sintomas neurológicos, aneurismas e danos às artérias do coração.
Casos
De janeiro a agosto deste ano, Manaus registrou 3,9 mil casos de sífilis, dos quais 2.711 novos casos em homens e mulheres não gestantes; 1.189 em gestantes; e 199 novos casos de sífilis congênita (transmitida da mãe para o feto).
Os dados são monitorados pela Semsa, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).