O povo Yanomami manifesta o desejo de participar de forma ativa das decisões sobre Terras Indígenas

Na porta da Casa de Saúde Indígena, a Casai, em Roraima, as crianças yanomami se reúnem e brincam com uma mangueira de água. Além de aplacar o calor, talvez seja também uma forma de esquecer a distância que os separa de casa. 

Muitos yanomami moram em aldeias que ficam a uma hora e meia de voo de Boa Vista, como é o caso da região de Surucucu.

Em 2023, a Casai chegou a abrigar um hospital de campanha para atender casos mais graves que chegavam de várias regiões do território yanomami.

A Terra Indígena (TI) Yanomami é o maior território indígena do Brasil e um dos maiores do mundo. 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), vivem nele cerca de 27 mil indígenas, que se distribuem entre os estados de Roraima e Amazonas, na fronteira com a Venezuela.

Assim, a área total é de 9.664.975 hectares (96.650 km²) de floresta tropical homologada por um decreto presidencial em 25 de maio de 1992.

No ano de 2023, segundo estimativas do governo federal, mais de 20 mil garimpeiros estavam na área.

Portanto, no início de 2024, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação cobrando do Governo Federal uma atuação contínua na TI Yanomami.  

Além disso, os  yanomami cobram também fazer parte das decisões sobre planejamento de segurança, sobre o combate ao garimpo ilegal.