O Oriente Médio foi tema predominante na cerimônia de comemoração dos 20 anos do programa Bolsa Família, realizado nesta sexta-feira (20). Participando por videoconferência, do Palácio da Alvorada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a morte de mulheres e crianças no conflito que devasta a região.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

O presidente fez um paralelo entre os frutos dos programas sociais do seu governo e as consequências que estão vitimando crianças palestinas.

“Eu queria aproveitar esse sentimento, em nome das crianças vivas do nosso país, graças aos programas de inclusão social, para prestar solidariedade às crianças que já morreram na guerra da Rússia e da Ucrânia e que estão morrendo agora nessa luta insana entre o Hamas e o Estado de Israel”, disse Lula, se referindo à estimativa de que 1.500 crianças já tenham sido vítimas no conflito.  

Lula ressaltou a importância do Bolsa Família para que o Brasil possa sair do mapa da fome. Ele defende que, além de garantir renda, o programa fortalece a frequência escolar e proporciona acompanhamento nutricional e de vacinas das crianças.

ESFORÇOS DO BRASIL

Durante este mês de outubro, em que o Brasil ocupa a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o país tem feito esforços para mobilizar um consenso internacional para determinar a criação de um corredor humanitário na Faixa Gaza.  Proposta de resolução neste sentido foi apresentada pela diplomacia brasileira, nesta quarta-feira (18), porém foi vetada pelos Estados Unidos.

Desde o início dos conflitos, Lula vem mantendo contato direto com alguns dos principais líderes da região e de países indiretamente envolvidos, tanto para facilitar a saída de um grupo de 32 brasileiros impedidos de cruzar a fronteira entre Gaza e o Egito, quanto para defender bandeiras humanitárias e de diálogo. Neste período, Lula telefonou para os presidentes de Israel (Isaac Herzog), da Autoridade Palestina (Mahmoud Abbas), do Egito (Abdel Fattah al-Sissi), da Turquia (Recep Erdogan), do Irã (Ebrahim Raisi), da França (Emmanuel Macron) e do Conselho Europeu (Charles Michel).

O governo federal foi bem-sucedido no repatriamento de cerca de 1.200 brasileiros não-residentes em Israel.  As atenções agora estão nas cidades de Rafah e Khan Yunis, em Gaza, onde brasileiros aguardam autorização do governo egípcio para cruzar a fronteira e ir ao aeroporto do Cairo.

RELACIONADAS

+ Brasil e França conversam sobre reféns no Oriente Médio

+ ONU barra texto do Brasil sobre guerra entra Hamas e Israel

+ Chega a 1.100 o número de brasileiros repatriados de Israel