A Operação Ouropel investiga um grupo de empresas por suposto comércio ilegal de mais de R$ 10 bilhões em ouro extraído da Amazônia Legal.

A ação foi deflagrada nesta quarta-feira (27) pela Polícia Federal (PF).

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A corporação estima que os prejuízos socioambientais causados pela organização ultrapassa a cifra de R$ 27 bilhões.

O grupo é investigado por declarar a compra de 37 toneladas de ouro, desde janeiro de 2021 – em valores atualizados, o comércio ilegal do metal precioso bate em R$ 14 bilhões.

Comércio do ouro

Agentes da Operação Ouropel vasculharam 17 endereços em Itaituba, Novo Progresso (PA) e Cuiabá, nesta quarta.

As ordens foram expedidas pela Justiça Federal, que decretou o bloqueio de R$ 290 milhões de investigados e suspendeu as atividades de companhias sob suspeita – oito ao todo.

Conforme a PF, os alvos da investigação – entre eles distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVMs) e cooperativas de garimpeiros – acumulam 112 processos minerários tramitando em seus nomes.

Ainda segundo a polícia, todos os processos foram suspensos por ordem judicial.

Crimes e cifras bilionárias

A PF informou que uma empresa ‘adquiriu bilhões de reais em ouro da Amazônia nos últimos anos’.

O grupo sob suspeita é investigado pelos crimes de usurpação de bens públicos, lavagem de dinheiro, crimes ambientais ligados à garimpagem ilegal e associação criminosa.

A investigação foi aberta em junho e já identificou o ‘esquentamento’ de mais de uma tonelada de ouro – via Permissões de Lavra Garimpeira (PLG).

O ouro seria correspondente de áreas situadas na bacia do rio Tapajós, nas cidades de Itaituba e Jacareacanga, no Pará.

Laudo do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal aponta o garimpo ilegal como principal causa da poluição do Tapajós.

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