Na manhã desta terça-feira (25), a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Ponte de Ouro, para investigar suspeitos de intermediar a compra de ouro extraído ilegalmente da Terra Indígena Yanomami (TIY).

Na operação foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de bens, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima.

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Após garimpeiros ilegais terem sido presos pelo exército em 2020 na TI Yanomami e informarem à PF para quem vendiam o ouro extraído ilicitamente da área, a investigação se iniciou.

O inquérito policial demonstra que o grupo teria movimentado mais de R$ 30 milhões em quatro anos, e, através de empresas de fachada ou com atividades regulares sem relação com a mineração, receberam valores de diversos estados do país.

Para evitar levantar suspeitas, os envolvidos buscaram sacar os grandes valores de forma fracionada. 

As investigações ainda seguem em andamento.

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Terras Yanomami

A crise vivida em terras Yanomami despertou a atenção acerca dos direitos de povos indígenas. 

O avanço do garimpo ilegal na região foi o que causou o agravamento na saúde dos indígenas, com casos graves de desnutrição severa, verminose e malária e resultou em mortes de indígenas.

Desde janeiro deste ano, quando a crise humanitária do local veio à tona, a Força Nacional e a PF vem realizando operações de combate ao garimpo ilegal, destruição de dragas, pistas de pouso ilegal e investigação de suspeitos envolvidos no garimpo ilegal.