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Compra de diesel russo pelo Brasil vai de US$ 18 milhões para US$ 1,5 bi

Enquanto as economias do G7 buscam caminhos e medidas para reprimir a economia da Rússia, o comércio de diesel entre o país e o Brasil explodiu em 2023 - Foto: Agência Petrobras/Geraldo Falcão

O comércio de diesel entre os russos e o Brasil explodiu em 2023 - Foto: Agência Petrobras/Geraldo Falcão da empresa no preço do combustível será, em média, R$ 3,05, a cada litro vendido na bomba - Foto: Geraldo Falcão/Agência Brasil

O comércio de diesel entre os russos e o Brasil explodiu em 2023, enquanto as economias do G7 buscam caminhos e medidas para reprimir a economia da Rússia e cortar as possibilidades de financiamento da guerra.

Os dados oficiais do fluxo de produtos entre os dois países não deixam dúvidas sobre o novo cenário e foram confirmados ao colunista, Jamil Chade, por funcionários da diplomacia brasileira.

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De acordo com o colunista do Uol, entre janeiro e julho, Moscou vendeu em diesel quase o dobro de toda a exportação brasileira para o mercado russo.

O produto supera todos os demais itens da balança comercial.

De acordo os registros do governo brasileiro:

Em nota, o Itamaraty informou para o portal, que a “negociação e comercialização de combustíveis é feita diretamente pelo setor privado” e que em 2022 “o governo brasileiro não realizou tratativas com o governo da Rússia para compra de diesel, mas buscou facilitar o contato” entre empresas.

Bolsonaro e Putin

A negociação para a compra do diesel russo não aconteceu no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Isso é resultado da aproximação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e Vladimir Putin que permitiu que o setor privado estabelecesse contratos para o comércio do combustível.

Naquele momento, o Palácio do Planalto argumentou que se tratava de um esforço para reduzir a pressão sobre a inflação no país e a alta registrada nos postos de gasolina.

Mas foi apenas em 2023 que o volume ganhou aumento, atingindo uma marca inédita.

Nos primeiros sete meses desse ano, o ritmo de importações continua elevado, em US$ 4,7 bilhões — um pouco abaixo do volume de 2022.

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Isso, segundo negociadores do setor agrícola, ocorre por conta de uma corrida que houve no ano passado para assegurar o abastecimento de fertilizantes russos ao país.

Ainda assim, as compras brasileiras continuam muito acima da média dos últimos anos, agora inflacionadas também pela compra do diesel russo.

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