A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deve enviar cerca de 12,7 mil cestas de alimentos para os povos indígenas Yanomami.

Os alimentos deverão enviados para a unidade armazenadora em Boa Vista (RR) até o dia 3 de maio, conforme previsão da Conab.

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As cestas foram adquiridas a R$ 5,2 milhões em um leilão, pagos com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

O valor desembolsado representa uma economia de, pelo menos, R$ 1,4 milhão, segundo a Companhia.

As cestas de alimentos serão encaminhadas à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e à Força Aérea Brasileira (FAB), para serem então distribuídos aos indígenas.

“As cestas possuem composição diferenciada, contendo arroz, leite em pó, flocos de milho, sardinha em óleo, farinha de mandioca d’água, carne bovina salgada curada dessecada e castanha-do-Pará”, informou a Conab.

A expectativa da companhia é adquirir, até junho deste ano, mais 76.152 cestas, no valor total de R$ 54,9 milhões. 

Até o final de ano, está prevista a distribuição de 143.161 cestas de alimentos. Destas, 101.536 terão como destino os povos indígenas.

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Crise humanitária Yanomami

A crise humanitária dos povos Yanomami, descoberta no início deste ano, trouxe à tona o descaso em relação aos povos indígenas no governo anterior.

O garimpo ilegal é o principal responsável pela crise humanitária vivida na região, casos de exploração sexual, desnutrição severa e mortes por doenças que já têm tratamento. 

A estimativa é que cerca de 570 crianças, em terras indígenas, morreram nos últimos quatro anos, na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Em janeiro, o governo federal montou hospitais de campanha em Roraima e começou a socorrer os yanomami.

Além disso, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para atender os indígenas.

O presidente Lula instituiu o Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami, para discutir as medidas a serem adotadas.

Desde a descoberta dessa crise, vêm se tentando implementar recursos para combater o garimpo ilegal e expulsá-los da terra indígena e assistir o povo yanomami.

A Polícia Federal (PF) realiza operações de destruição de balsas e dragas de apoio ao garimpo na região.

A Força Nacional também está instalada em alguns locais para prestar apoio à Funai nas ações em prol dos indígenas.