A confiança do consumidor aumentou nas Regiões Nordeste, Sudeste e Norte, conforme o Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo pelo Instituto PiniOn.

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Segundo o INC, o índice foi de 108 pontos neste mês de janeiro, representando um crescimento de 0,9%, em relação a dezembro.

Na comparação com janeiro de 2022, o INC registra um aumento de 22,7%. 

A confiança do consumidor segue a tendência crescente iniciada em maio de 2021, avançando no campo otimista (acima de 100 pontos).

A sondagem foi realizada com 1.700 famílias em todo o território nacional.

De acordo com a pesquisa, houve aumento da confiança nas Regiões Nordeste, Sudeste e Norte.

O Nordeste apresentando estabilidade e as regiões Sudeste e Norte com crescimento no campo otimista. 

Já no Centro-Oeste, o INC diminuiu, enquanto no Sul, a pesquisa mostrou estabilidade.

Na abertura por classes socioeconômicas notou-se elevação generalizada da confiança, com aumento para as classes C e DE e estabilidade nas classes AB.

Para o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, “a percepção negativa das famílias em relação à sua situação financeira atual continua diminuindo em relação ao mês anterior, com estabilidade na segurança com o emprego. As expectativas positivas sobre a situação financeira futura das famílias e as evoluções do País e da região de moradia seguiram exibindo aumentos mais intensos que os observados em dezembro.”

O economista lembra ainda que existe um interesse maior do consumidor por itens mais caros.

“A melhora da percepção sobre a situação atual e o otimismo cada vez mais elevado em relação ao futuro, resultaram em um número maior de entrevistados interessados em comprar itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis como geladeira e fogão, além de maior disposição para investir”, disse.

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O resultado do INC de janeiro continua mostrando aumento na confiança do consumidor, baseada fundamentalmente na melhora das expectativas com relação à sua situação financeira futura, e pela percepção cada vez menos negativa da situação presente.

A elevação registrada em janeiro, contudo, foi mais moderada do que nas leituras anteriores, o que poderia ser explicado pela desaceleração da atividade econômica, que redunda em menor geração de emprego e renda.

A evolução da confiança do consumidor durante os próximos meses dependerá fundamentalmente da continuidade dessa desaceleração, que, frente a um cenário externo menos positivo, estará fortemente determinada pela trajetória da taxa básica de juros (SELIC)