O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 1,5% em relação a abril, já descontados os efeitos sazonais, para o patamar de 108,4 pontos.

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O dado reforça que os comerciantes brasileiros ficaram menos otimistas em maio, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Embora o indicador permaneça na zona de otimismo, acima dos 100 pontos, houve redução de 9,8% em relação ao patamar registrado um ano antes, em maio do ano passado.

CNC apura confiança do empresário

Segundo a pesquisa da CNC, 58% dos comerciantes apontaram em maio que as vendas pioraram, porcentual mais alto dos últimos dois anos.

Apesar de os consumidores indicarem maior intenção de compra, “o endividamento e a inadimplência elevados e o crédito caro e seleto limitam a capacidade de consumo”, informou em nota.

Na passagem de abril para maio, todos os componentes do Icec tiveram redução.

A percepção sobre as condições atuais recuou 3,5%, para 85,1 pontos, com perdas nas avaliações sobre a economia (-6,0%), o setor (-4,0%) e a empresa (-1,3%).

O subíndice de expectativas encolheu 0,9%, para 139,7 pontos, com reduções nos itens economia (-0,4%), setor (-1,5%) e empresas (-0,6%).

Quanto ao componente de investimentos, houve queda de 0,5% em maio ante abril, para 100,5 pontos, com reduções nos itens contratação de funcionários (-0,2%), empresa (-1,0%) e estoques (-0,2%).

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Entre os segmentos pesquisados, a confiança dos varejistas de roupas, acessórios e calçados teve a maior redução no mês, -1,8%, sob impacto de uma alta de preços no setor e queda nas vendas.

Já o varejo de produtos duráveis teve a maior perda nas expectativas, -2,1%, afetado pelo cenário de endividamento e inadimplência, além do crédito caro, apontou Izis Ferreira.