Ex-integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e outras pessoas ligadas diretamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram presos em operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (3).

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Confira os nomes das pessoas presas na operação:

  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens;
  • Sérgio Cordeiro, ex-assessor e segurança de Bolsonaro;
  • João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ);
  • Luís Marcos dos Reis, integrava a equipe de Mauro Cid;
  • Ailton Gonçalves Mareas Barros, candidato pelo PL na Alerj em eleição passada e se intitulava como “01 de Bolsonaro;
  • Max Guilherme, policial militar próximo a Bolsonaro.

Além disso, após a prisão de seu ex-ajudante Mauro Cobre, a PF apreendeu documentos e celulares, entre eles o do ex-presidente.

O ex-chefe do Executivo é alvo de operação de busca e apreensão autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

A operação de busca e apreensão começou na manhã desta quarta, por volta de 7h da manhã, na casa do ex-presidente, em um condomínio do Jardim Botânico, em Brasília, e apreendeu o celular de Bolsonaro.

Além de Bolsonaro, outras pessoas também são alvos de mandados de busca e apreensão da operação. Confira a lista: 

  • Michelle Bolsonaro;
  • Mauro Barbosa Cid;
  • Gabriela Santiago Ribeiro Cid;
  • Luís Marcos dos Reis;
  • Farley Vinicius Alcantara;
  • Eduardo Crespo Alves;
  • Ailton Gonçalves Moraes Barros;
  • João Carlos de Sousa Brecha;
  • Max Guilherme Machado de Moura;
  • Sérgio Rocha Cordeiro;
  • Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva;
  • Marcelo Fernandes de Holanda;
  • Marcello Moraes Siciliano;
  • Marcelo Câmara;
  • Camila Paulino Alves Soares;
  • Guttemberg Reis de Oliveira.

Ao todo, são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro.

Os demais alvos são ex-integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), todos ligados ao ex-presidente.

Em investigação, a PF apura supostas irregularidades no cartão de vacinação de Bolsonaro e de pessoas próximas a ele.

A operação contra fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro começou com investigação da Controladoria Geral da União (CGU), sobre suspeita de manipulação de informações no Ministério da Saúde.

A hipótese é de uma inserção falsa de dose de vacina no cartão de vacina do ex-presidente, para parecer que o ex-presidente havia tomado a vacina da Covid.

A investigação começou ainda dentro da gestão de Jair Bolsonaro, por ordem do ex-ministro Wagner Rosário, em virtude de um pedido de acesso ao cartão de vacinação de Bolsonaro.

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Operação Verine

A Operação Venire tem como objetivo esclarecer a atuação de associação criminosa que inseriu dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.

Segundo a PF, as inserções falsas ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.

**Sob supervisão de Ana Kelly Franco