Em sessão conjunta do Congresso Nacional, deputados e senadores derrubaram, nesta quinta-feira (14), o veto integral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao texto que renova, até 2027, a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.
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60 senadores votaram pela derrubada do veto presidencial, enquanto 13 optaram pela manutenção. Na Câmara dos Deputados, o placar pela derrubada foi de 378 a 78.
O senador Efraim Filho (União-PB), autor do projeto de desoneração dos setores produtivos, criticou o veto do Governo Federal: “É de se lamentar que o governo queira aumentar o imposto, elevando a carga tributária para os setores que mais empregam e produzem”.
O líder do Governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta-feira (14) que o ministro da Fazenda Fernando Haddad não conseguiu acordo com representantes dos setores da economia afetados e, por isso, o governo “aqueceu” e aceitou que o veto fosse pautado na sessão do Congresso.
“O ministro aqueceu depois de várias tentativas de diálogo com todos os setores sobre construção da medida provisória. O governo aqueceu na apreciação do veto”, disse o líder, em entrevista a jornalistas.
Haddad declarou que o governo continua disponível para dialogar com os setores da economia e ainda poderá editar uma medida provisória sobre o assunto. “O governo está consciente que tem uma maioria aqui no Congresso, inclusive, com votos da base de apoio ao governo, contrária à manutenção do veto. Estamos conscientes em relação a isso”, afirmou.
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