O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados abriu, nesta quarta-feira (30) processos contra sete deputados: Marcon (PT-RS), Glauber Braga (Psol-RJ), Abilio Brunini (PL-MT), André Fernandes (PL-CE), Ricardo Salles (PL-SP), Zucco (Republicanos-RS) e Sâmia Bomfim (Psol-SP).

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Durante a sessão o Conselho, por 13 votos a zero, decidiu também arquivar o processo contra José Medeiros (PL-MT), acusado de intimidar a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) durante a reunião que  comemorava o Dia das Mulheres. Medeiros também foi acusado de agredir o deputado Miguel Ângelo (PT-MG), que defendeu Gleisi.

Além de instaurar os novos processos contra os sete deputados, o presidente do Conselho, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA) sorteou a lista tríplice para a escolha dos relatores desses casos. Leur Lomanto Júnior escolherá o relator de cada caso a partir da lista tríplice sorteada.

ENTENDA

O processo contra o deputado Marcon (PT-RS) foi aberto por desentendimentos com Eduardo Bolsonaro, a respeito da facada desferida contra o ex-presidente Bolsonaro. 

Contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) foi aberto por quebra de decoro e por ter ofendido Eduardo Bolsonaro durante reunião na Comissão de Relações Exteriores.

O deputado Abilio Brunini (PL-MT)  é acusado de transfobia contra a deputada Erika Hilton (Psol-SP) em reunião da CPMI do 8 de Janeiro. As acusações foram corroboradas por outros parlamentares durante a reunião. 

O processo contra o deputado André Fernandes (PL-CE) se justifica, segundo a representação, por “diversas afirmações do representado são marcadas por uma postura racista e discriminatória, pela ridicularização da questão racial e de identidade de gênero, ao falar em tom jocoso que a raça devia ser ‘de boi'”.

Já o deputado Ricardo Salles (PL-SP) é acusado de violência de gênero durante reunião da CPI do MST contra a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) e em postagens nas redes sociais da parlamentar. 

O processo contra o deputado Zucco (Republicanos-RS) foi instaurado por acusação de misoginia por, na mesma reunião da CPI do MST, ter ameaçado encerrar a sessão, caso a deputada Sâmia não permitisse que os outros deputados falassem.

O  PL, acusa a deputada Sâmia de ter quebrado o decoro na reunião da CPI do MST. O partido diz que ela abusou de suas prerrogativas constitucionais e “iniciou seus ataques gratuitamente”. 

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