O encontro de domingo (14) do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para abordar os ataques iranianos a Israel se transformou em uma disputa de ameaças. 

O resultado do encontro evidencia a tensão global e divisões entre potências. EUA, Irã e Israel fizeram ameaças mútuas.

A sessão terminou sem uma declaração final ou acordo para condenar os mísseis iranianos, frustrando as expectativas de uma posição unificada. 

Não houve votação sobre uma resolução, embora fosse esperado ao menos uma declaração pública.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou sobre a iminência de um conflito no Oriente Médio, destacando a deterioração da segurança global.

Sem consenso

Não houve consenso na reunião. Teerã justificou  as ações deste sábado (13) como resposta a um ataque ao seu consulado em Damasco, em 1º de abril. O episódio resultou na morte de um representante de alto escalão da Guarda Revolucionária.

O embaixador de Israel na ONU, Guilad Erdan, comparou o governo iraniano ao Terceiro Reich, alertando sobre a possibilidade de uma 3ª Guerra Mundial e o potencial nuclear do Irã.

O Irã, por sua vez, retrucou, chamando Israel de “criança mimada” e defendendo os ataques como autodefesa proporcional.

Os ataques também dividiram potências internacionais, com russos, chineses e americanos em lados opostos. 

EUA adverte

O governo dos EUA advertiu que o Irã será responsabilizado por futuros ataques a Israel ou ameaças aos EUA, propondo medidas por meio do Conselho de Segurança.

Os EUA condenaram os ataques do Irã e alertaram sobre as consequências das ações de Teerã. Os americanos acusam o país de violar suas obrigações internacionais e de cumplicidade em ataques do Hamas.

FAB de prontidão

A Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou neste domingo (14) que está de prontidão para resgatar brasileiros em áreas de conflito no Oriente Médio.

Desde o ano passado, quando o grupo terrorista Hamas e Israel iniciaram o conflito no Oriente Médio, a FAB realizou 13 voos para resgatar famílias brasileiras e parentes, um total de 1,5 mil pessoas.

FAB está de prontidão para resgatar brasileiros no Oriente Médio – Foto: FAB/ GOV/BR