No Dia da Amazônia, o estado do Tocantins celebrou uma grande notícia: o governo estadual recebeu um aporte de recursos de aproximadamente R$ 7 milhões, marcando o início do processo de venda de créditos de carbono florestal jurisdicional.

Essa iniciativa é fruto de um acordo técnico e comercial com a Mercuria Energy Trading S/A. A assinatura ocorreu na Suíça em junho deste ano.

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O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) enfatizou a importância desse recurso, destacando que o Tocantins é o primeiro estado brasileiro a receber recursos desse tipo.

Ele ressaltou que os investimentos beneficiarão a população tocantinense, incluindo povos indígenas, comunidades tradicionais e produtores rurais.

Marcello Lelis, à frente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, comemorou essa conquista como a consolidação do Programa Jurisdicional de REDD+ do Tocantins, um instrumento econômico que transformará a política ambiental do estado.

Aleandro Lacerda, presidente da Tocantins Parcerias e representante da gestão estadual na Tocantins Carbono, destacou que esse momento representa um novo marco na história do Tocantins, tornando-o um exemplo no mercado voluntário internacional de carbono jurisdicional florestal.

O que é REDD+?

O REDD+ é um incentivo desenvolvido no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) .

O objetivo é recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus esforços na redução de emissões de gases de efeito estufa relacionadas ao desmatamento e à degradação florestal.

Ele considera a conservação e o aumento de estoques de carbono florestal e o manejo sustentável de florestas.

Ser jurisdicional significa que os créditos do Programa REDD+ são aplicados em uma base territorial, onde o governo estadual tem autonomia para estabelecer metas e atuar na redução do desmatamento e preservação ambiental.

Esse projeto coloca o Tocantins como um pioneiro na proteção da vegetação nativa, com o governo assumindo a responsabilidade de aprimorar a gestão ambiental e garantir a transparência na repartição dos benefícios obtidos com a venda dos créditos de carbono.

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